quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Mais uma teoria para a formação da vida

Nova teoria garante que terráqueos seriam, na verdade, marcianos

AFP - Agence France-Presse
Publicação: 29/08/2013 16:40 Atualização:

A vida na Terra teve início graças a um mineral-chave, depositado em um meteorito vindo de Marte, garante uma nova teoria divulgada nesta quinta-feira.
O ingrediente vital foi uma forma mineral oxidada do elemento molibdênio, que ajudou a evitar que as moléculas de carbono - a base da vida - se degradassem até virarem uma gosma.
O homem por trás desta ideia é Steven Benner, professor do Instituto Westheimer de Ciência e Tecnologia em Gainesville, Flórida, que deve apresentá-la em uma conferência internacional de geoquímicos em Florença, Itália.
"Só quando o molibdênio ficou altamente oxidado é que ele foi capaz de influenciar a formação da vida primitiva", explicou Benner em um comunicado de imprensa.
"Esta forma de molibdênio não poderia ter estado disponível na Terra na época em que a vida começou porque três bilhões de anos atrás a superfície terrestre tinha muito pouco oxigênio, ao contrário de Marte", acrescentou.
Nesta época violenta do Sistema Solar, a Terra, ainda um planeta infantil, era bombardeada por cometas e asteroides.
Marte também teria sofrido bombardeios e os impactos teriam feito os destroços marcianos saltar no espaço, onde eles teriam permanecido até, eventualmente, serem capturados pela gravidade terrestre.
Análises recentes de um meteorito marciano mostraram a presença de molibdênio, assim como de baro, um elemento químico que também pode ter impulsionado a criação da vida, ajudando a proteger o RNA - primo primitivo do DNA - dos efeitos corrosivos da água.
"A evidência parece indicar que, na verdade, todos nós somos marcianos, que a vida começou em Marte e veio para a Terra em uma rocha", disse Benner.
"Foi sorte, contudo, que nós tenhamos acabado aqui, pois, certamente, a Terra era o melhor dos dois planetas para abrigar a vida. Se nossos hipotéticos ancestrais marcianos tivessem permanecido em Marte, poderia não haver história para contar", acrescentou.
Outras teorias sobre a origem da vida na Terra sugerem que a água, um ingrediente-chave, foi trazida por cometas, conhecidos como "bolas de neve sujas", que contêm gelo e poeira da época da construção do Sistema Solar.
Uma outra hipótese, chamada panspermia, sugere que bactérias pegaram carona em rochas espaciais e mergulharam nos mares quentes e acolhedores da Terra.

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Ele defende que o homem FOI SIM A LUA

Cinco provas da ida do homem à Lua


Este é um tema que aparece com tanta frequência por aí que achei por bem pegar uma sexta-feira tranquila para esclarecer a situação de uma vez por todas. Encare o texto como um “happy hour espacial” — até porque o material é perfeitamente adaptável a conversas de bar.
John Young, da Apollo 16, presta continência à bandeira. Na Lua, não num estúdio.
Ou você nunca ouviu ninguém tentando te convencer de que a ida do homem à Lua foi a maior farsa do século 20? E o pior: quem acredita nisso sempre vem com um monte de argumentos que até soam razoáveis, não é?
Pois então aqui vamos nós, sem medo de errar, para os teóricos da conspiração de plantão: os americanos de fato foram à Lua e fizeram seis pousos bem-sucedidos, entre 1969 e 1972.
E tem um detalhe importante que os entusiastas da hipótese da farsa não costumam mencionar — foram seis pousos, mas sete tentativas. Lembrem-se da Apollo 13, vítima de uma falha catastrófica que quase levou à perda da tripulação em 1970. Os astronautas acabaram não caminhando sobre a Lua, mas pelo menos voltaram vivos para contar a história. O que teria acontecido nesse caso? Os cenários falsos não ficaram prontos em tempo? Por que diabos os americanos encenariam uma tragédia, quando o objetivo era mostrar como a tecnologia deles era à prova de falha?
Ah, claro, os críticos logo dirão: “para dar credibilidade à farsa”. Sempre tem uma resposta, não?
Certamente muito já se falou de como as fotos foram forjadas, como não há estrelas nelas, como a Nasa apagou de propósito material em vídeo da Apollo 11, como há pedras cenográficas com marcação nelas, como a bandeira tremula sem ar…
Nada disso para em pé e pode-se contestar tecnicamente cada uma das afirmações. Mas vou trabalhar de outro jeito aqui. Em vez de refutar as “evidências” de que tudo não passou de uma farsa, vou apresentar as razões incontestáveis pelos quais se pode concluir que tudo realmente aconteceu como está nos livros de história.
Quem construiu este foguete não sabia quem estava dentro?
1- Ninguém conspira quando meio milhão de pessoas sabem a verdade.
Se você juntar todo mundo que trabalhava na Nasa e nas empresas contratadas para desenvolver as espaçonaves — os astronautas, os engenheiros, os técnicos, os cientistas, os burocratas etc. –, são mais de 400 mil pessoas espalhadas pelos Estados Unidos, livres, leves e soltas. Nosso amigo Snowden já demonstrou como é difícil qualquer governo fazer algo muito controverso e manter isso em segredo por muito tempo. E tenho certeza de que muito menos gente trabalha no Big Brother do Obama do que no mamute que era o programa espacial americano nos anos 1960. Detalhe: esse segredinho teria de ser guardado durante cinco décadas. Até hoje, ninguém envolvido com o Projeto Apollo deu com a língua nos dentes, o que já consiste em evidência concreta de que as missões não foram encenadas.
2- Os caras trouxeram rochas lunares. Muitas rochas.
As pedras trazidas pelos astronautas do Projeto Apollo foram estudadas por muita gente, no mundo inteiro, inclusive entre os arquirrivais russos. Aliás, eles são os maiores defensores involuntários do sucesso americano, porque também colheram suas amostras lunares, em missões não-tripuladas da série Luna. Se houvesse uma discrepância de composição entre as pedras americanas e as russas, os camaradas certamente gritariam. Aí os teóricos da conspiração rebatem dizendo que as rochas americanas são reais, mas também foram trazidas — secretamente — por missões não-tripuladas. Só que tem um probleminha: é muita pedra. São 382 kg de rochas lunares americanas, contra 326 g das missões russas. O “k” de quilograma aí em cima é sinônimo de “mil vezes mais”.
Rochas lunares trazidas por Neil Armstrong e Buzz Aldrin, da Apollo 11
Para trazer esse monte de coisa lá de cima, os americanos precisariam de uma nave tão grande que… você adivinhou, tão grande que caberiam tranquilamente dois astronautas nela. Então, achar que eles mandaram a nave para lá vazia, magicamente usaram robôs dos anos 1960 (quem sabe iguais àquele da série “Perdidos no Espaço”?) para recolher mais de 50 kg de pedras em cada missão, e trouxeram a nave de volta automaticamente, para depois encenar o envio de astronautas, é, no mínimo, ingenuidade. Para não dizer burrice.
3- As missões deixaram “espelhinhos”.
O LRRR, experimento que consiste num espelhinho que rebate raios laser, levado pela Apollo 14
Um dos experimentos que os astronautas fizeram foi instalar pequenos dispositivos com espelhos na superfície lunar. Não era por vaidade. O objetivo era medir com precisão milimétrica a distância da Terra à Lua. Um laser disparado daqui chega até lá, é rebatido pelo espelhinho e volta. Contando o tempo de ida e volta (e sabendo qual é a velocidade da luz), eles podem calcular com precisão a distância. Legal, né? E o mais legal é que esses espelhinhos podem ser usados por qualquer um que tiver um laser dos bons (aqueles que apontam para a cara do goleiro no estádio não servem) para refazer o experimento. Será que os camaradas russos não teriam avisado seus colegas ianques de que os espelhinhos estavam com defeito e não rebatiam os lasers vermelhos deles? Ah, claro, os espelhinhos foram colocados lá pelas naves gigantes vazias que levaram os robôs do “Perdidos no Espaço” para colher as rochas lunares.
4- No espaço, todo mundo ouve você falar pelo rádio.
Os russos monitoravam as comunicações por rádio entre o controle da missão e os astronautas. Dava para ver que as transmissões vinham de onde os americanos diziam que vinham — da Lua. Há até quem alegue que as naves vazias enviadas pelos americanos para fingir que a missão estava rolando transmitiam diálogos gravados automaticamente, para enganar a turma do outro lado da cortina de ferro. Pode ser. Mas, de novo, era mais fácil mandar os astronautas até a Lua para valer do que combinar todas essas encenações ao mesmo tempo.
5- Tem fotos de satélite dos cacarecos deixados pelos astronautas.
Imagem de satélite mostra sítio de pouso da Apollo 11. Ausência de sombra da bandeira indica que ela caiu mesmo.
Algumas das imagens mais bacanas da sonda americana Lunar Reconnaissance Orbiter, lançada pela Nasa em 2009, mostram os sítios de pouso das missões Apollo. É possível ver o que sobrou do módulo de pouso e dos instrumentos, assim como as trilhas deixadas pelos jipes usados pelos americanos nas últimas missões. Até mesmo os caminhos de rato deixados pelos astronautas ao caminhar sobre a Lua são vísiveis, e há agora evidência de que Buzz Aldrin estava certo ao reportar que a vibração causada pela decolagem da Eagle (Módulo Lunar da Apollo 11) provavelmente derrubou a bandeira americana fincada ali pelos astronautas. Então, para descartar essas novas evidências, os fãs da conspiração apontam que a LRO é americana, e nenhuma sonda de outro país obteve imagens similares. Os cientistas americanos de hoje estariam só seguindo a tradição de seus predecessores e mantendo a farsa em pé. Certo. O que ninguém responde é porque nenhum outro país (Rússia ou China adorariam embarcar nessa) projetou um satélite com o propósito expresso de desmascarar os americanos. Não seria tão difícil para quem pousou jipinhos não-tripulados na Lua nos anos 1960, caso da antiga União Soviética. A resposta é: ninguém fez isso porque seria uma imensa perda de tempo.
Em resumo: os americanos foram mesmo à Lua, por mais que tentem nos convencer de que não é verdade. O que nos deixa com apenas uma pergunta que os teóricos da conspiração costumam fazer. Se o homem já pisou no solo lunar, por que nunca mais ninguém foi lá depois do Projeto Apollo?
A resposta é simples. Custa um caminhão de dinheiro, e não há mais Guerra Fria. Na época em que o Projeto Apollo estava se desenrolando, 5% do Orçamento do governo americano ia para a Nasa. Atualmente, esse valor é inferior a 0,5%, e com a crise econômica querem cortar ainda mais. Veja você, a Nasa sempre foi e continua sendo a agência espacial mais rica do mundo, que gasta anualmente cerca de 5 vezes mais que segunda colocada, a ESA, sua contraparte europeia. Ou seja, se ela não pode, os outros, muito menos.
Uma coisa curiosa é que, a essa altura do campeonato, as tecnologias desenvolvidas para ir à Lua nos anos 1960 já foram “esquecidas”. Os engenheiros da época se aposentaram ou morreram, e o pessoal de hoje em dia, quando foi projetar a Órion, nova cápsula americana para viagens além da órbita da Terra, teve de ir desmontar uma Apollo antiga, peça de museu, para ver como os engenheiros da época a construíram. É o que acontece quando programas tecnológicos são descontinuados: aos poucos, o conhecimento se perde. Hoje, se quisermos voltar à Lua, teremos de recomeçar do zero. E com muito menos grana para gastar. Por isso, comemore. Sobrevivemos à Guerra Fria, não teve holocausto nuclear, e ganhamos de brinde vários suvenires trazidos da Lua por 12 sujeitos incrivelmente corajosos. Essa é toda a verdade.

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Dez anos após acidente, Brasil ainda sonha em lançar foguete nacional

Ingrid Tavares
Do UOL, em São Paulo
Ampliar

Acidentes com foguetes22 fotos

10 / 22
Homens trabalham na montagem do foguete VLS-1 (Veículo Lançador de Satélites) no Centro de Lançamento de Alcântara, no Maranhão, em registro do dia 19 de agosto de 2003, três dias antes do acidente que matou 21 pessoas. Segundo a comissão de investigação, a ignição do foguete, que já estava na plataforma, acendeu sozinha e explodiu os motores enquanto os funcionários faziam os últimos ajustes Axel Bugge/Reuters
A torre de lançamento na base militar de Alcântara, no Maranhão, foi modernizada há pouco mais de um ano, mas ainda espera sua grande estreia: o lançamento bem sucedido de um foguete de tecnologia brasileira.
O VLS-1 (Veículo Lançador de Satélites) pegou fogo há exatos dez anos, ainda na plataforma, onde trabalhavam 21 homens nos últimos ajustes do foguete. Faltavam apenas três dias para o lançamento, mas a equipe foi surpreendida quando o equipamento de 50 toneladas entrou em ignição, às 13h26 do dia 22 de agosto de 2003. E quando ele tentou voar, queimando o combustível das quatro fases, ele levou junto a estrutura montada ao seu redor, que só é retirada antes do lançamento, e matou todos os funcionários.
Nos dois testes anteriores, feitos em 1997 e 1999, os motores, o sistema elétrico e de controle funcionaram normalmente, mas o foguete não chegou a completar sua missão. Problemas técnicos e distintos impediram que os satélites de dados e científicos, a chamada carga útil, fossem colocados em órbita, afirma a IAE (Instituto de Aeronáutica e Espaço), que é responsável pela fabricação dos foguetes nacionais.
Isso significa que o erro do primeiro protótipo não foi repetido na segunda tentativa de voo, e nenhuma das duas apontou a falha na ignição que causou o desastre anos mais tarde, em 2003.
Concluída em 2005, a investigação da comissão internacional não chegou a apontar culpados ou explicar o que ocorreu de fato com a ignição - o laudo da Aeronaútica, que conduziu o inquérito policial, apenas descartou sabotagem. Mas o relatório final do grupo indicou a necessidade da modernização da plataforma, dando novos rumos para o programa espacial brasileiro.
"Em projetos complexos como esses, como é um lançamento de um foguete, vários países aprenderam muito com seus acidentes. Os casos dos ônibus espaciaisChallenger e Columbia, que causaram grande comoção no mundo todo, ajudaram a Nasa [Agência Espacial Norte-Americana] a revisar seus programas para evitar grandes acidentes", pondera o físico José Raimundo Coelho, presidente da AEB (Agência Espacial Brasileira).
Com longa carreira no Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espacias), grande referência na construção de satélites, o físico diz que seu maior desafio à frente da Agência, desde maio do ano passado, é "fazer as coisas acontecerem" – e sem levar mais dez anos para isso.
"Quero mudar a percepção das pessoas. Eu ouço de muitos lados, de vários setores, que há um grande descrédito no projeto espacial, mas procuro construir uma agenda positiva para levar até a sociedade a importância do programa brasileiro."
Para isso, Coelho aposta não só na nova torre, mas também na modernização da infraestrutura de Alcântara que, segundo ele, está com 45% das obras concluídas. O governo está concluindo, dentro da base militar, a construção de dois sítios de lançamento: um só para os foguetes da família Cyclone, que fazem parte de um projeto de cooperação com a Ucrânia, e outro exclusivo para o VLS, carro-chefe do programa espacial. 
O primeiro voo, no entanto, só deverá ocorrer no ano que vem, ainda sem data definida, como um teste de configuração. Esse primeiro voo não usará toda a potência, ou seja, não terá combustível para "ligar" os quatro motores, já que não tem a finalidade de colocar equipamentos científicos em órbita, mas, apenas, de qualificar seu sistema de navegação. 
Só no segundo teste em 2016, o foguete será lançado completo, mas sem levar uma carga útil, apenas um experimento científico. Em 2017, avisa Coelho, o foguete deverá completar sua missão e colocar em órbita, provavelmente, um satélite de comunicação. A região de Alcântara é considerada um bom local de lançamentos por estar próximo do Equador, a órbita mais explorada comercialmente pelos satélites de comunicação.

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Água em pó - pode tornar a seca um problema do passado

'Água em pó' pode tornar a seca um problema do passado
Matt McGrath
Repórter de meio ambiente da BBC News
Atualizado em  19 de agosto, 2013 - 19:09 (Brasília) 22:09 GMT

Um litro de água pode ser absorvido por apenas 10 gramas do produto, segundo fabricantes
Enquanto a ONU afirma que a maior parte da água usada no planeta vai para a irrigação, pesquisadores estão desenvolvendo uma série de ideias para fazer render mais a água utilizada na agricultura.
Nas últimas semanas, muitos se empolgaram com um produto que afirmam ter potencial para superar o desafio global de se cultivar em condições áridas.
·         Ciência
Denominado "Chuva Sólida", ele é um pó capaz de absorver enormes quantidades de água e ir liberando o líquido aos poucos, para que as plantas possam sobreviver em meio a uma seca.
Um litro de água pode ser absorvido por apenas 10 gramas do material, que é um tipo de polímero absorvente orginalmente criado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês).
Nos anos 1970, o USDA desenvolveu um produto superabsorvente feito de um tipo de goma. Ele foi usado principalmente na fabricação de fraldas.
Potencial
Mas um engenheiro químico mexicano chamado Sérgio Jesus Rico Velasco via no produto um potencial que ia além de deixar bebês sequinhos.
Ele então desenvolveu e patenteou uma versão diferente da fórmula, que pode ser misturada com o solo para reter a água.
O engenheiro vem vendendo a "Chuva Sólida" no México há cerca de 10 anos. Sua empresa afirma que o governo mexicano testou o produto e concluiu que a colheita poderia ser ampliada em 300% quando ele era misturado ao solo.
Segundo Edwin González, vice-presidente da empresa Chuva Sólida, o produto agora vem atraindo um interesse cada vez maior, já que crescem os temores por falta de água.
"Ele funciona encapsulando água e pode durar 8 a 10 anos no solo, dependendo da qualidade da água. Se você usar água pura, ele dura mais."
A empresa recomenda usar cerca de 50 quilos do produto por hectare (10 mil metros quadrados), mas essa quantia custa cerca de US$ 1.500 (o equivalente a R$ 3.500).
"Não há evidência científica que sugira que ele [o produto 'Chuva Sólida'] armazene água por um ano."
Professora Linda Chalker-Scott, da Universidade do Estado de Washington
Segundo Gonzalez, a "Chuva Sólida" é natural e não prejudica o solo, mesmo após ser usada por vários anos. Ele afirma que o produto não é tóxico e que, ao se desintegrar, o pó se torna parte das plantas.
'Sem evidências'
No entanto, nem todos estão convencidos de que a "Chuva Sólida" é uma solução válida para o problema da seca.
A professora Linda Chalker-Scott, da Universidade do Estado de Washington, afirma que esses produtos não são novidade. "E não há evidência científica que sugira que eles armazem água por um ano.", disse ela à BBC.
"Outro problema prático é que esse gel pode também causar problemas. Isso porque à medida que eles secam, ele vai sugando a água ao redor dele mais vigoorosamente. E assim ele desvia a água que iria para a raiz das plantas."
Segundo ela, usar adubo de lascas de madeira produz o mesmo efeito e é significantemente mais barato.
González, no entanto, tem uma opinião diferente: "Os outros concorrentes não duram três ou quatro anos. Os únicos que duram tanto são os que usam sódio em suas formulas, mas eles não absorvem tanto."
Apesar do fato de que a ciência ainda não estar totalmente confiante nos benefícios de produtos como esse, González afirma que sua empresa recebeu milhares de pedidos vindos de locais áridos, inluindo Índia e Austrália. Ele também recebeu encomendas da Grã-Bretanha, onde secas não chegam a ser um problema


domingo, 11 de agosto de 2013

Pequena ilha da Indonésia é evacuada após erupção de vulcão

Os serviços de emergência retiravam neste domingo uma parte dos habitantes de uma pequena ilha do leste da Indonésia, onde uma erupção vulcânica causou a morte de seis pessoas.
O Monte Rokatenda, na pequena ilha de Palue, seguia expulsando neste domingo colunas de cinzas de até 600 metros de altura.
"A atividade segue alta e com níveis perigosos. Até o momento não há nenhum sinal de que vá diminuir", declarou à AFP Surono, um funcionário da agência de vulcanologia da Indonésia.
No sábado, o vulcão lançou pedras e uma torrente de lava, matando três adultos e três crianças.
Os serviços de emergência multiplicaram seus esforços para evacuar cerca de 2.000 pessoas que vivem perto do vulcão, indicou à AFP Eduardus Desa Pante, um dos responsáveis pela operação.

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Tunísia

Governo da Tunísia diz que manifestações perturbam luta antiterror

A multiplicação de manifestações na Tunísia perturba a luta contra o terrorismo, declarou o primeiro-ministro Ali Larayedh, em um discurso ante a Assembleia Nacional Constituinte (ANC).
A declaração de Larayedh acontece horas antes de uma grande manifestação prevista pela oposição.
"A multiplicação de manifestações e protestos perturba os agentes das forças de segurança, obrigados a permanecer nas ruas quando tinham de estar participando em operações de luta contra o terrorismo", afirmou Larayedh.
Opositores e partidários do governo multiplicam nos últimos dias as manifestações desde o assassinato, em 25 de julho, do deputado Mohamed Brahmi.
A oposição pede a renúncia do governo dirigido pelo partido islamita Ennahda e a dissolução da ANC.
Na noite desta terça, a coalizão de partidos opositores organiza uma grande manifestação para obter a renúncia do governo, ao completar seis meses do assassinato de outro dirigente opositor, Chokri Belaid, morto por disparos.
A poderosa central sindical tunisiana UGTT, que conta com 500.000 afiliados e é favorável à renúncia do governo, convocou a manifestação, apesar de ser contra a dissolução da ANC.

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Primeira viagem só de ida para Marte - Candidatos?

Mars-One faz encontro de possíveis moradores de Marte

Organização realiza o primeiro evento com candidatos a colonizadores do Planeta Vermelho. Já há 78 mil voluntários para a viagem, que não tem volta
por Redação Galileu

Bas Lansdorp comanda a apresentação do plano da Mars-One acompanhado de Robert Zubrin, presidente e fundador da Mars Society por Skype (Foto: AFP / Fabienne Faur)
Mars-One, organização filantrópica que pretende iniciar a colonização de Marte, organizou, neste sábado, 3, um encontro entre 40 de seus voluntários à viagem só de ida para o Planeta Vermelho. O evento aconteceu na Universidade George Washington, na capital dos EUA, com a presença de pretendentes norte-americanos e canadenses.
Quem comandou a apresentação do plano de viagem foi Bas Lansdorp, CEO e fundador da Mars-One. A ideia é estabelecer uma base permanente no planeta, sem chance de volta para casa. Se tudo der certo e os US$ 6 bilhões forem levantados, a missão deve partir em 2022 - a viagem dura 7 meses e só deve pousar no ano seguinte.
A priori, serão quatro escolhidos que comporão a primeira leva. Segundo os planos da Mars-One, novas tripulações serão mandadas a cada dois anos. A organização ainda não dispõe dos recursos para financiar a missão, por isso estão sendo feitas doações para bater o orçamento.
Apesar do ambiente hostil - pouco oxigênio e temperaturas médias de 63ºC - já são mais de 78 mil candidatos para a missão, de todas as nacionalidades. Sobre abandonar tudo para começar uma nova vida em Marte, Lansdorp é curto e grosso: “Muitas pessoas deram adeus a suas famílias para sempre e foram viver em outro lugar. É parte do que os humanos fazem. Acredito que Marte seja só um passo além nesse sentido”.

Tubulação de esgoto nas praias brasileiras

EMISSÁRIO SUBMARINO - 6º ano (Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre)
É este instrumento de eliminação de dejetos humanos e industriais são "jogados" quase que in natura nas nossas praias maravilhosas inclusive do Rio de Janeiro. "É estamos nadando em esgoto", disse um morador que procura praias mais distantes do centro. Pesquise mais um pouco ou veja nesta postagem. 
Emissário submarino ("marine outfall" em inglês) é uma tubulação utilizada para lançamento de esgotos sanitários ou industriais no mar, aproveitando-se a elevada capacidade de auto-depuração das águas marinhas que promovem a diluição, a dispersão e o decaimento de cargas poluentes a elas lançadas. Atualmente, os emissários submarinos são considerados complementares e integrados aos sistemas de tratamento e disposição de esgotos sanitários das cidades litorâneas. A emissão de dejetos líquidos no ambiente foi regulamentada pelo Protocolo de Annapolis da mesma forma que a emissão de gases foi regulamentada pelo Protocolo de Quioto.
O seu funcionamento é extremamente simples e eficiente no tratamento dos esgotos. Geralmente é precedido por um interceptor de esgotos e por um emissário terrestre.
O primeiro emissário do mundo foi construído em 1910 em Santa Mônica (Califórnia).
maior emissário do mundo foi construído em Boston, EUA, com os seguintes dados principais:
Profundidade de descarga38,50 m
Diluição inicial mínima100:1
Shaft vertical38,48 m
Túnel horizontal13.200 m
Número de orifícios difusores440
Diâmetro do emissário7,32 m
Vazão de projeto54,76 m³/s.
No Brasil, existem algumas dezenas de emissários submarinos e sub-fluviais, entre os quais os de Ipanema, Barra da Tijuca e Rio das Ostras, no Estado do Rio de Janeiro, o de Fortaleza,Ceará, e os dois de Maceió em Alagoas, Aracaju (Sergipe), Salvador (Bahia) e Guarujá, Santos, São Vicente e Praia Grande, em São Paulo.
O primeiro emissário submarino projetado no Brasil foi o da praia de Ipanema, no Rio de Janeiro, em 1970, com um diâmetro da tubulação de 2,40 metros e com uma vazão de projeto igual a 12m³/s. Este emissário contou, entre os projetistas, com Russel Ludwig e Fernando Botafogo Gonçalves.
Saturnino de Brito Filho, em 1972, junto com o engenheiro sanitarista Jorge Paes Rios, projetaram e construíram o primeiro emissário sub-fluvial do Brasil em Manaus, no estado do Amazonas, e o segundo em Belém, no estado do Pará.
Para o cálculo da diluição, da dispersão e do decaimento bacteriano ou químico são utilizados, normalmente modelos matemáticos e, eventualmente, em lançamentos de efluentes industriais, com grandes vazões, como o de uma usina nuclear, também modelos físicos.


quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Vídeo sobre as areais do Saara

http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=F3Q8Sh2AjPo&t=0

Areias do Saara atravessam o Oceano Atlântico e chega as Américas



O fenômeno da areia do deserto do Saara, no norte da África atravessar o Atlântico alcançando a América do Sul não é incomun. Isto já foi observado outras vezes, mas não é qualquer tempestade de areia no Saara que se espalha por distâncias tão grandes  É preciso que a circulação dos ventos na alta e média atmosfera esteja favorável.
Um experimento realizado por pesquisadores brasileiros, americanos e alemães, entre fevereiro e março de 2008, coletou amostras de ar sobre a floresta amazônica, na parte preservada da floresta, a 60 km ao norte de Manaus. Este ar com poeira foi colocado numa aparelhagem especial para simular o crescimento das grandes nuvens convectivas, típicas da floresta amazônica, responsáveis pela maior quantidade de chuva que cai sobre região. Estas grandes nuvens convectivas (formadas pelo processo natural de convecção, associado ao calor e a alta umidade do ar) alcançam uma extensão média de 15 e 18 km, entre sua base e o topo, onde se formam os núcleos de gelo, com temperaturas que podem chegar aos 70°C  negativos. A análise química das amostras de ar colhidas na região próxima a Manaus comprovou a presença e a concentração de elementos químicos como alumínio, ferro, silício e manganês semelhantes a da poeira do deserto do Saara.  
Uma das principais conclusões do estudo foi que esta poeira parece ter um papel fundamental para formação dos núcleos de gelo nas grandes nuvens convectivas que crescem sobre a  floresta amazônica, no período mais chuvoso.  Os grãos de areia atuam como uma plataforma de depósito do gelo, facilitando a agregação e posteriormente o aumento dos núcleos de gelo dentro das nuvens.  No fim da história, a poeira saariana nas nuvens amazônicas colabora, e muito, para a chuvarada que cai por lá.
Leia a matéria sobre este estudo, publicada na Revista FAPESP, do qual o pesquisador da Universidade de São Paulo Paulo Artaxo foi um dos autores.

Tags: , , , , , 



Esse post foi publicado de segunda-feira, 14 de junho de 2010 às 0:55, e arquivado em Nacional
Última modificação: segunda-feira, 14 de junho de 2010 às 1:18