terça-feira, 24 de dezembro de 2013

China abole formalmente os campos de reeducação

AFP - Agence France-Presse
Publicação: 24/12/2013 13:07 Atualização:

A mais alta instância legislativa chinesa formalizou nesta terça-feira as reformas destinadas a abolir os campos de reeducação mediante o trabalho e a flexibilizar a política de controle de natalidade, segundo meios de comunicação oficiais.
A comissão permanente da Assembleia Nacional Popular (ANP), órgão máximo legislativo, também confirmou a flexibilização da política do filho único, adotada há três décadas para frear o aumento demográfico do país mais populoso do mundo.
Estas importantes reformas da sociedade já haviam sido anunciadas em novembro após uma reunião do Partido Comunista Chinês (PCC).
Os campos de reeducação, criados em 1957, permitiam deter alguém apenas com a decisão da polícia e por até quatro anos. Estes campos, alvos de múltiplos abusos, são utilizados pelas autoridades locais contra os contestatários, os internautas que denunciam a corrupção ou contra os que pedem a reparação de um dano.
Estes campos se tornaram supérfluos à medida que o sistema judicial do país se desenvolveu, indicou a agência oficial Xinhua, em referência ao texto governamental.
O PCC anunciou em novembro que os casais poderão ter dois filhos, quando um dos pais for filho único.
A nova política demográfica, destinada a frear o envelhecimento da população chinesa, deverá entrar em vigor em algumas províncias durante o primeiro trimestre de 2014, havia indicado um funcionário da Comissão Nacional de Planejamento Familiar à Xinhua.

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Esqueleto da era romana é encontrado em fossa na Grã-Bretanha

Esqueleto da era romana é encontrado em fossa na Grã-Bretanha

Para arqueólogo, ossada 'surpreendentemente intacta' achada durante escavações de novos esgotos teria sido enterrada em antigo cemitério

Ossos foram levados para exames de determinação de sexo, idade e causa da morte Foto: Yorkshire Water/Divulgação / BBCBrasil.com
Ossos foram levados para exames de determinação de sexo, idade e causa da morte
Foto: Yorkshire Water/Divulgação / BBCBrasil.com
Um esqueleto humano, provavelmente da época da ocupação romana na Grã-Bretanha, foi descoberto em uma fossa de esgoto na região de Yorkshire, norte da Inglaterra. Empreiteiros da companhia de água Yorkshire Water estavam trabalhando em instalações de esgoto em uma rua quando encontraram os ossos.
Segundo Chris Pole, arqueólogo da Northern Archaeological Associates que acompanhou a obra, o local da descoberta teria sido um antigo cemitério romano. "Nós estávamos monitorando a escavação depois de uma pesquisa ter mostrado que a área abrigava um cemitério romano; vários túmulos tinham sido descobertos durante a construção da igreja de St. Peter, no século 19", afirmou Pole.
O local da descoberta teria sido um antigo cemitério romano Foto: Yorkshire Water/Divulgação / BBCBrasil.com
O local da descoberta teria sido um antigo cemitério romano
Foto: Yorkshire Water/Divulgação / BBCBrasil.com
O esqueleto, considerado "surpreendentemente intacto" foi retirado e deve passar por exames que vão determinar o sexo, idade e, se possível, causa da morte. "O esqueleto foi colocado na cova em uma posição fetal, possivelmente simbolizando o nascimento. Apesar de ter sido encontrado dentro dos limites de um cemitério romano, (o esqueleto) tem semelhanças com enterros pré-históricos. Não foram colocados objetos no túmulo", acrescentou.
Segundo Chris Pole, o antigo cemitério romano estava localizado à beira de uma antiga estrada que ligava um forte construído pelos colonizadores da época a um assentamento chamado Derventio. O arqueólogo afirma que os corpos naquela época não eram sepultados dentro dos limites das cidades por uma questão de higiene.

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Palestinos e israelenses travam guerra silenciosa por água

16 de junho, 2003 - Publicado às 20h27 GMT
Palestinos e israelenses travam guerra silenciosa por água
Água tirada do Mar da Galiléia só vai para israelenses
Água tirada do Mar da Galiléia só vai para israelenses
A água é um dos itens mais importante do conflito no Oriente Médio, mas é também um dos menos abordados.

Segundo a legislação internacional, Israel tem o compromisso de fornecer incondicionalmente água potável para os palestinos.

Mas os próprios israelenses vivem em um terreno árido e estão cercados por um deserto. No país só chove alguns meses ao ano.

"Temos uma escassez crônica de água que está piorando a cada ano. Devido ao fato de vivermos uma seca a cada ano, temos de cortar nossos suprimentos de água anualmente", diz Jacob Kaidar, responsável pelo setor hídrico do Ministério das Relações Exteriores de Israel.

Conflitos

A água que Israel recebe vem basicamente do rio Jordão, do Mar da Galiléia, e de duas fontes subterrâneas.

O suprimento de água é dividido entre israelenses e palestinos, mas, como todos os temas cruciais na região, é foco de grande controvérsia.

Durante a 3ª Conferência Mundial sobre Água, realizada em março deste ano em Kyoto, o ex-presidente soviético Mikhail Gorbachev descreveu a história do conflito pela água em todo o mundo.

Gorbachev disse que já houve 21 conflitos armados envolvendo água na história mundial recente. O líder destacou ainda que 18 destes embates ocorreram em Israel.

"A distribuição é altamente injusta", diz Yehezkel Lein, um expert em água do grupo de direitos humanos B'tselem, que ajuda a resolver problemas ligados à água no território palestino.


Vista do rio Jordão, cujos recursos são vetados aos palestinos
Ele se refere ao principal reservatório subterrâneo utilizado como fonte de água na região e ao sistema do rio Jordão.

"Em relação ao primeiro, Israel explora cerca de 80% dos recursos naturais de água e os palestinos, os 20% restantes. Quanto ao rio Jordão, os palestinos não possuem qualquer acesso", afirma Lein.

Segundo Lein, o conflito no Oriente Médio exacerbou o problema. "Há uma clara ligação entre a ocupação e a escassez de oferta de água. Israel tirou proveito de sua ocupação da Cisjordânia para se apropriar de mais fontes de água e impedir os palestinos de explorar novas fontes", afirmou.

Israel controla os suprimentos de água na Cisjordânia e na Faixa de Gaza desde o início da ocupação, em 1967.

O Acordo de Paz de Oslo de 1993 estipulou que os palestinos deveriam ter mais controle sobre a água da região e mais acesso a recursos hídricos.

Muitas regiões palestinas não possuem até hoje qualquer espécie de infra-estrutura hídrica. Uma dessas áreas é Beit Furik, um pequena cidade na Cisjordânia, próxima a Nablus.

"Temos 12 tanques para coletar água em Nablus, mas desde o início da intifada as autoridades israelenses colocaram postos de controle na estrada que proíbem os tanques de chegar a Nablus. Por vezes, eles têm de esperar entre cinco e seis horas. Às vezes, eles permanecem retidos um dia inteiro", diz o prefeito de Beit Furik, Atef Atif Hanani.

De acordo com o prefeito, muitas vezes os tanques têm a passagem liberadas, mas soldados israelenses abrem os compartimentos de água do veículo, esvaziando-os.

Jacob Kaidar, o responsável pelo setor hídrico do governo de Israel, diz que reter tanques de água é algo "totalmente inaceitável".

"Israel está comprometida a fornecer água potável aos palestinos e não pode negá-la", afirma Kaidar.

"É da natureza do conflito pessoas tentarem contrabandear materiais e infiltrar homens-bomba. Mas precisamos ter muito cuidado para não perdermos de vista a importância de entregar materiais essenciais à população", acrescenta o representante israelense.

Segundo Fuez Hanani, uma habitante de Beit Furik, só é possível tomar banho uma vez a cada duas semanas, devido à escassez de água.

Banhos raros

"Sinto raiva que os colonos judeus de Itmar bebam água limpa enquanto minha família beba água de um poço que tem água suja ou poluída", conta Fuez Hanani.

Jacok Kaidar defende que a colaboração entre israelenses e palestinos deve ser aprimorada, mas afirma que os palestinos vêm roubando água de adutoras de Israel.

"Na Cisjordânia há cerca de 250 fontes ilegais e na Faixa de Gaza são aproximadamente 2 mil", afirma.

Segundo a organização assistencial Oxfam, um problema adicional é que a já escassa infra-estrutura palestina é vítima de ataques israelenses.

"Estamos ajudando famílias pobres a construírem novos tanques d'água nos telhados de sua casa. Mas, infelizmente, esses acabam sendo um alvo fácil para os israelenses", diz Ton Berg, da Oxfam.

"Acabamos de concluir a construção de um grande tanque d'água que atenderia a toda a vila de El Boursh. Mas as forças israelenses anunciaram que irão destrui-lo, porque dizem precisar de terra oficialmente palestina para construir uma parede", conta Berg.

Israel impede Palestina de obter água, acusa Anistia

Israel impede Palestina de obter água, acusa Anistia

27 de outubro de 2009 | 15h 38

AE-AP - Agencia Estado
A Anistia Internacional (AI) acusa Israel de retirar uma quantidade desproporcional de água potável de um aquífero controlado pelo governo israelense na Cisjordânia, impedindo que os moradores palestinos obtenham sua parte. O grupo de direitos humanos sediado em Londres também afirma, em relatório divulgado hoje, que Israel impede o avanço de projetos de infraestrutura que poderiam ajudar a melhorar os reservatórios palestinos já existentes tanto na Cisjordânia quanto na Faixa de Gaza.
"A escassez afeta a vida dos palestinos", disse a pesquisadora da AI em Israel, Donatella Rovera, em entrevista ontem, antes da divulgação do documento. Funcionários israelenses negam a acusação.
Os israelenses usam mais de quatro vezes a quantidade de água por pessoa, em média, do que os palestinos, cujo consumo está abaixo do mínimo recomendado pela Organização Mundial de Saúde, diz o relatório. O relatório da AI se concentra especificamente no chamado Aquífero da Montanha, localizado na Cisjordânia.
Segundo o documento, Israel usa mais de 80% da água retirada do aquífero, que é a única fonte dos moradores da Cisjordânia. Como resultado, os mais de 450 mil israelenses que vivem na região e no leste de Jerusalém usam mais água do que os 2,3 milhões de palestinos da região, diz a Anistia.
A questão da água é alvo de intensas disputas entre israelenses e palestinos e é considerada um dos assuntos que devem ser resolvidos antes que os dois lados consigam fazer um acordo de paz. O assunto piorou ainda mais após a divisão dos territórios palestinos entre o Fatah (laico), que governa a Cisjordânia, e o Hamas (islâmico), que controla a Faixa de Gaza.
O porta-voz do governo israelense, Mark Regev, qualificou as afirmações da Anistia Internacional de "completamente absurdas" e disse que Israel tem direitos legais sobre o aquífero, já que foi o primeiro a descobrir, explorar e retirar água do local.
Regev alegou ainda que Israel retira menos água do Aquífero da Montanha hoje em dia do que o fazia em 1967 e que o consumo de água pelos palestinos triplicou no período. Ele acusou os palestinos por não investirem no desenvolvimento na Cisjordânia e disse que eles fracassaram até mesmo em perfurar poços que já foram aprovados.
 

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Pessoas desorganizadas tem mais criatividade?

Pessoas desorganizadas tem mais criatividade?


pessoas-desorganizadas-criatividade-discovery-noticias
Quando estiver trabalhando ou estudando, as condições do escritório podem ter um efeito crucial sobre seu desempenho. Enquanto a ordem proporciona uma sensação de profissionalismo e seriedade, a desordem desperta a impressão oposta. No entanto, ambientes desorganizados contribuem para a criatividade. Mas como?
Um estudo conduzido por Kathlee Vohs, Joseph Redden e Ryan Rakhine, da Universidade de Minnesota, demonstrou que a bagunça no local de trabalho não é uma coisa negativa, pelo contrário: ajuda a desenvolver a criatividade. Sob a hipótese de que os ambientes organizados fomentam convenções sociais conservadoras, e de que os espaços desordenados incentivam as pessoas a buscar caminhos não convencionais, os pesquisadores realizaram três experimentos. O ponto de partida foi a ideia de que “ordem e desordem são estados que ativam diferentes partes do cérebro, e podem beneficiar uma pessoa com resultados diferentes”.
O primeiro experimento dividiu aleatoriamente 34 estudantes holandeses em uma sala arrumada e outra bagunçada. Os espaços eram idênticos e contíguos, com a mesma iluminação. O experimento envolveu três fases distintas: na primeira, os estudantes tiveram que responder a um questionário durante dez minutos; em seguida, deveriam escolher entre uma maçã ou uma barra de chocolate; finalmente, os pesquisadores lhes perguntaram se queriam fazer uma doação em dinheiro a uma organização que entrega brinquedos e livros para crianças.
Os resultados do primeiro experimento mostraram que os participantes da sala arrumada se mostraram duas vezes mais dispostos que os da sala bagunçada a escolher a maçã e a doar mais dinheiro. A partir disso, os pesquisadores concluíram que os espaços ordenados inspiram disciplina, escolhas saudáveis e uma atitude ética. Ou seja, confirmaram a hipótese de que os espaços organizados estimulam comportamentos bem vistos pela sociedade.
No segundo experimento, 48 estudantes norte-americanos foram divididos em duas salas. Ambos os grupos deveriam pensar e listar ao menos dez novos usos para bolas de pingue-pongue. Depois de processar os resultados, os pesquisadores descobriram que os estudantes que estavam na sala bagunçada conseguiram imaginar usos mais criativos do que os propostos pelos participantes da sala arrumada.
Segundo os pesquisadores, ambientes organizados representam virtudes rígidas e condutas morais, enquanto espaços bagunçados incentivam as pessoas a romper com essas convenções, algo fundamental para a criatividade. Ou seja, estar em um espaço desorganizado teria um efeito estimulante sobre a criatividade. ”Ser criativo implica romper com a tradição, a ordem e as convenções, e um espaço desorganizado parece ajudar as pessoas a fazerem isso”, explicam.
Finalmente, o terceiro experimento analisou os efeitos da organização do espaço sobre a preferência entre o tradicional e o novo. Para isso, 188 adultos norte-americanos deveriam escolher novos itens para a sua dieta, entre produtos cujos rótulos diziam “clássico” e “novo”.
Os adultos que estavam na sala organizada tendiam a escolher os alimentos com o rótulo “clássico”, enquanto os da outra sala preferiam os produtos com o rótulo “novo”. Ou seja, o terceiro experimento demonstrou que os ambientes ordenados estimulam a preferência pelo tradicional, não pela novidade.
Todos os experimentos confirmaram a hipótese inicial, sugerindo que “os efeitos de ordem física são amplos e têm muitas nuances. Ambientes desorganizados parecem inspirar as pessoas a se livrar da tradição, produzindo novas ideias. Já os espaços organizados reforçam as convenções e a sensação de segurança”
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Brasil compra R$ 2 bi em armas da Rússia e agora negocia caça

Brasil compra R$ 2 bi em armas da Rússia e agora negocia caça


IGOR GIELOW

DIRETOR DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O Brasil aprofundou sua cooperação militar com a Rússia ao fechar a compra de R$ 2 bilhões em baterias antiaéreas e admitiu participar da produção do caça de próxima geração que está sendo desenvolvido por Moscou.
Segundo o ministro Celso Amorim (Defesa), nada impede a participação brasileira no projeto do Sukhoi T-50, caça que tem cinco protótipos voando e que servirá de base para um modelo a ser produzido em conjunto com a Índia.
Amorim fez o comentário após reunião com seu colega Sergei Shoigu. Reafirmou que o processo para comprar caças de geração atual, o F-X2, segue com três concorrentes: o americano F/A-18, o francês Rafale e o sueco Gripen NG.
Os russos não fizeram ofertas formais de seu modelo atual, que ficou de fora do F-X2, o Sukhoi-35. Segundo a Folha apurou, contudo, a Força Aérea recebeu uma consulta informal para receber uma espécie de "combo".
Maxim Shemetov/Reuters
O Sukhoi T-50, caça de quinta geração da Rússia, pode ser comprado para a FAB
O Sukhoi T-50, caça de quinta geração da Rússia
Pela oferta, o Brasil receberia Sukhoi-35 para substituir seus Mirage-2000 que serão aposentados neste ano enquanto o T-50 não atingir estágio operacional, o que deve ocorrer só após 2016. O novo caça só deverá ter produção comercial no fim da década.
No encontro com Amorim, Shoigu falou genericamente que poderia fazer leasing de equipamento militar russo. Isso foi lido com uma senha para a solução intermediária.
A compra dos caças se arrasta desde 2001. O F/A-18 tinha superado o Rafale no favoritismo, mas o escândalo da espionagem americana travou o negócio politicamente. A ampliação da cooperação com a Rússia ocorre no momento em que a relação Brasil-EUA está abalada.
O T-50 é o projeto de caça de quinta geração em estágio mais avançado no mundo. Só os EUA têm um avião deste tipo hoje, o F-22. A denominação é genérica e indica a adoção de itens como alto índice de informatização e capacidade de voo furtivo, o chamado "invisível ao radar". Sua grande vantagem é a abertura da Rússia a cooperações -os EUA não vendem o F-22.
Para que a negociação ande, os russos deverão melhorar seu pós-venda. Segundo aFolha apurou, a delegação de Shoigu recebeu reclamações sobre peças de reposição e manutenção dos helicópteros de ataque Mi-35 que estão sendo fornecidos à FAB.
O fato de ter sido sacramentado o próximo passo para a compra de baterias antiaéreas Pantsir-S1, um produto de alta tecnologia, indica que o Brasil deu um voto de confiança a Moscou.
Amorim ressaltou que a ideia não é a compra em si, mas a capacitação tecnológica. A previsão é de que uma empresa brasileira, que poderá ser a Odebrecht Defesa, venha a produzir a arma. O contrato deverá ser assinado em meados de 2014. Prevê a compra de três baterias mais duas de lançadores Igla-S.
Editoria de arte/Folhapress

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Envelhecimento prejudica tomada de decisões racionais, diz estudo

30/09/2013 16h35 - Atualizado em 30/09/2013 16h35

Envelhecimento prejudica tomada de 

decisões racionais, diz estudo

Cientistas da Austrália e dos EUA analisaram 135 pessoas de 12 a 90 anos.
Riqueza, saúde e política são as áreas mais afetadas por escolhas ruins.

Tanto adolescentes quanto idosos são mais alheios aos riscos (Foto: Raphael Buchler/Image Source/Arquivo AFP)Tanto adolescentes quanto idosos são mais alheios
a eventuais riscos que podem decorrer de decisões
(Foto: Raphael Buchler/Image Source/Arquivo AFP)
O processo de envelhecimento afeta, entre outras funções cerebrais, a capacidade que uma pessoa tem de fazer escolhas racionais, aponta um novo estudo coordenado pela Universidade de Sydney, na Austrália, em parceria com as universidades Yale e de Nova York, nos EUA.
Os resultados foram publicados na revista "Proceedings of the National Academy of Sciences" (PNAS) desta segunda-feira (30).
A cientista Agnieszka Tymula e seus colegas examinaram diferenças na tomada de decisões em 135 indivíduos entre 12 e 90 anos, com foco na racionalidade, na consistência das escolhas e nas preferências de cada um diante de riscos conhecidos e desconhecidos, envolvendo perda ou ganho de dinheiro.

Ao observar como os idosos avaliam os riscos na hora de fazer escolhas, os pesquisadores identificaram um comportamento semelhante ao dos adolescentes. Isso significa que, ao longo da vida, parece haver uma curva em forma de U invertido que guia as pessoas: os riscos são ignorados no início, depois levados em conta na meia-idade, até voltarem ao primeiro estágio.
Segundo os autores, adultos com 65 anos ou mais – mesmo saudáveis – tomaram decisões "surpreendentemente inconsistentes" em comparação com os voluntários mais jovens, o que revela uma perda nessa habilidade cognitiva de forma semelhante a outros declínios funcionais relacionados à idade avançada.
Essas decisões pouco racionais podem envolver desde temas ligados à riqueza (idosos assumem empréstimos com taxas de juros mais altas ou subestimam o valor de seus imóveis), até à saúde (falham ao escolher planos de saúde adequados) e à política (são mais propensos a cometer erros em votações).
No entanto, os cientistas destacam que a população acima dos 65 anos continua crescendo em todo o mundo, mesmo com a saúde e a qualidade de vida prejudicadas. Cerca de 13% dos idosos com mais de 71 anos sofrem de algum tipo de demência e 22% apresentam um declínio cognitivo grave, segundo os autores.

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Origem do buquê de noiva

Curiosidade: Origem do buquê de noiva

O casamento é um dos eventos mais marcados por rituais e símbolos característicos que variam de acordo com a cultura e religião de cada país. Algumas tradições, entretanto, fazem parte do cerimonial em todo o mundo há séculos, como é o caso do buquê de flores, que é carregado pelas noivas desde a Idade Média.
Uma das explicações para a origem do buquê em festas de casamento está relacionada aos hábitos de higiene. No rigoroso inverno europeu, banhos eram raros e, sem sabonete e desodorante à disposição, o mau cheiro predominava em eventos e outros tipos de aglomeração.
O primeiro banho do ano era tomado após o inverno, em maio, e os casamentos eram marcados para logo após este período de higiene – acredita-se que é também por este motivo que maio é considerado o mês das noivas. Quando o casamento era realizado um pouco mais distante do mês de maio, as noivas carregavam flores perfumadas junto ao corpo para esconder o odor exalado pelas partes íntimas.
Há outra história para a origem da tradição do buquê, que diz que a peça era feita de ervas, grãos e alhos para afastar o mau-olhado. Era comum que a noiva fizesse a pé o trajeto até a igreja e, no caminho, recebesse flores e ervas como símbolo de boa sorte. Ao chegar a destino, havia se formado um buquê de todos os presentes recebidos.
Qualquer que seja a origem da tradição, o buquê é parte essencial do traje da noiva, e o momento em que a noiva o joga para ser disputado entre as convidadas solteiras é um dos mais aguardados da festa de casamento.

sábado, 21 de setembro de 2013

A Alma para a Ciência e a Evolução dessa Alma

A Alma para a Ciência e a Evolução dessa Alma

Publicado em 17/03/2009 | Autor: Ricardo Chioro
A alma é apresentada aqui como real  a todo pensamento. Seja ele ligado à religião, ou mesmo no pensamento ateísta, pois a alma é vista aqui como a parte das pessoas que é capaz de lidar com as dificuldades emocionais. A alma nos ajuda a nos defendermos destas dificuldades. Ela é capaz de encará-las, ao mesmo tempo que também afasta o incômodo causado por essas dificuldades emocionais.
Claro que as religiões pregam que a alma é mais que isso, que no mínimo também é algo que sobrevive à morte (eu também acredito nisso). Mas não é o objetivo dessa página ir além desse conceito “palpável” de alma, comum a todo pensamento humano.

A alma funciona assim: se uma determinada dificuldade não causa muito incomodo (como: angústia, dor ou fere nossa auto-imagem) então não precisamos nos defender dela, por isso podemos encará-la.

A alma é a parte do ser humano que consegue lidar bem com a angustia, a dor e a auto-imagem.

Lidar bem com esse tipo de coisa nos termos da saúde mental significa aceitar a angustia, a dor e a auto-imagem. Aceitando-as é que podemos ver quem somos, e isso é o auto-conhecimento. As vezes, as pessoas não suportam uma determinada dificuldade, e para fugir dela criam ilusões que distorcem completamente a sua imagem real.

Existem maneiras de expandirmos essa alma, e isso é chamado de evolução espiritual, ou crescimento pessoal, ou crescimento interior, entre outros. Essa expansão, ocorre á medida que, o indivíduo consegue aceitar sua auto-imagem, as coisas que lhe trazem angústia e as que causam dor. À medida que o individuo toma conhecimento da dificuldade, ela não o incomoda mais. Ele pode lidar melhor com isso, sendo mais realista consigo mesmo.

Algumas pessoas não conseguem diversas coisas por falta de auto-conhecimento, como conseguir um bom relacionamento, ou apenas um relacionamento, um bom emprego, ou apenas um emprego, uma boa família, ou apenas uma família. Para conseguir essas coisas, precisa agir de forma adequada. Mas é muito difícil aceitar a própria chatice, a própria falta de jeito, a própria falta de graça, a própria inabilidade, a preguiça, a prepotência, entre outros. Estes atrapalham conquistar aquilo que queremos. Porém à medida que se toma consciência de si próprio, pode-se corrigir e melhorar, e com isto obter o desejado. É muito importante para o ser humano ser feliz. 

Praticamente todo mundo tem dificuldades emocionais que atrapalham suas conquistas. É importante tomar consciência delas sempre, para lidar cada vez melhor com a vida, e ser cada vez mais capaz de ser feliz.

As melhores técnicas de evolução espiritual são: a psicoterapia com psicólogo, algumas linhas do Budismo, da Yôga e da Meditação e a Logosofia. Dependendo da personalidade de cada um, de sua própria evolução, uma dessas técnicas se enquadrará melhor.

Na evolução espiritual existe algo que pode ser muito interessante para algumas pessoas. Isto é, o fato de se poder ampliar tanto a alma a ponto de aceitar completamente a auto-imagem, as coisas que trazem angústia e a dor. A pessoa que consegue isso, não sofrerá mais com essas coisas. Alguém que foi aceitando seus defeitos e problemas, e melhorando, pode ter chegado num ponto máximo, que é a perfeição. No Budismo isso é chamado de Nirvana.

Mas o importante não é chegar a esse nível, mas sim estarmos sempre progredindo para sermos cada vez mais felizes.

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Japão ainda procura corpos de desaparecidos em tsunami

Japão ainda procura mais de 2,6 mil corpos desaparecidos em tsunami

Renata Giraldi* - Agência Brasil11.09.2013 - 08h37 | Atualizado em 11.09.2013 - 09h13

Foto da tragédia que assolou a região de Fukushima, no Japão, em 2011
O maior número de mortos ocorreu na província de Miyagi, com um total de 10.834, incluindo 1.297 pessoas, cujos corpos ainda não foram localizados (Reprodução de TV)


Brasília - Dois anos e meio depois do terremoto seguido de tsunami de 11 de março de 2011 no Nordeste do Japão, 2.654 corpos ainda não foram encontrados de um total de 18.537 mortos, segundo dados policiais. O tsunamiatingiu mais de 500 quilômetros do litoral do Norte e Nordeste do país. De acordo com especialistas, os corpos podem ter sido levados para o Oceano Pacífico.
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As buscas permanecem. O maior número de mortos ocorreu na província de Miyagi, com um total de 10.834, incluindo 1.297 pessoas, cujos corpos ainda não foram localizados. A situação foi agravada pelos vazamentos e explosões na Usina Nuclear de Fukushima Daiichi, no Nordeste do país. De acordo com os dados oficiais, os acidentes nucleares de Fukushima não causaram mortes diretamente pela radiação. Mas podem ser responsáveis por uma grande parte das 1.539 mortes relacionadas às explosões e vazamentos.
Segundo as autoridades, o terremoto seguido por tsunami associado aos acidentes nucleares de 11 de março de 2011 é considerado o mais grave desde a última guerra no Japão. No total, foram confirmados 21.360 mortos e de mais de 6 mil feridos. Mais de um milhão de casas foram parcial ou totalmente destruídas.

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Mais uma teoria para a formação da vida

Nova teoria garante que terráqueos seriam, na verdade, marcianos

AFP - Agence France-Presse
Publicação: 29/08/2013 16:40 Atualização:

A vida na Terra teve início graças a um mineral-chave, depositado em um meteorito vindo de Marte, garante uma nova teoria divulgada nesta quinta-feira.
O ingrediente vital foi uma forma mineral oxidada do elemento molibdênio, que ajudou a evitar que as moléculas de carbono - a base da vida - se degradassem até virarem uma gosma.
O homem por trás desta ideia é Steven Benner, professor do Instituto Westheimer de Ciência e Tecnologia em Gainesville, Flórida, que deve apresentá-la em uma conferência internacional de geoquímicos em Florença, Itália.
"Só quando o molibdênio ficou altamente oxidado é que ele foi capaz de influenciar a formação da vida primitiva", explicou Benner em um comunicado de imprensa.
"Esta forma de molibdênio não poderia ter estado disponível na Terra na época em que a vida começou porque três bilhões de anos atrás a superfície terrestre tinha muito pouco oxigênio, ao contrário de Marte", acrescentou.
Nesta época violenta do Sistema Solar, a Terra, ainda um planeta infantil, era bombardeada por cometas e asteroides.
Marte também teria sofrido bombardeios e os impactos teriam feito os destroços marcianos saltar no espaço, onde eles teriam permanecido até, eventualmente, serem capturados pela gravidade terrestre.
Análises recentes de um meteorito marciano mostraram a presença de molibdênio, assim como de baro, um elemento químico que também pode ter impulsionado a criação da vida, ajudando a proteger o RNA - primo primitivo do DNA - dos efeitos corrosivos da água.
"A evidência parece indicar que, na verdade, todos nós somos marcianos, que a vida começou em Marte e veio para a Terra em uma rocha", disse Benner.
"Foi sorte, contudo, que nós tenhamos acabado aqui, pois, certamente, a Terra era o melhor dos dois planetas para abrigar a vida. Se nossos hipotéticos ancestrais marcianos tivessem permanecido em Marte, poderia não haver história para contar", acrescentou.
Outras teorias sobre a origem da vida na Terra sugerem que a água, um ingrediente-chave, foi trazida por cometas, conhecidos como "bolas de neve sujas", que contêm gelo e poeira da época da construção do Sistema Solar.
Uma outra hipótese, chamada panspermia, sugere que bactérias pegaram carona em rochas espaciais e mergulharam nos mares quentes e acolhedores da Terra.

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Ele defende que o homem FOI SIM A LUA

Cinco provas da ida do homem à Lua


Este é um tema que aparece com tanta frequência por aí que achei por bem pegar uma sexta-feira tranquila para esclarecer a situação de uma vez por todas. Encare o texto como um “happy hour espacial” — até porque o material é perfeitamente adaptável a conversas de bar.
John Young, da Apollo 16, presta continência à bandeira. Na Lua, não num estúdio.
Ou você nunca ouviu ninguém tentando te convencer de que a ida do homem à Lua foi a maior farsa do século 20? E o pior: quem acredita nisso sempre vem com um monte de argumentos que até soam razoáveis, não é?
Pois então aqui vamos nós, sem medo de errar, para os teóricos da conspiração de plantão: os americanos de fato foram à Lua e fizeram seis pousos bem-sucedidos, entre 1969 e 1972.
E tem um detalhe importante que os entusiastas da hipótese da farsa não costumam mencionar — foram seis pousos, mas sete tentativas. Lembrem-se da Apollo 13, vítima de uma falha catastrófica que quase levou à perda da tripulação em 1970. Os astronautas acabaram não caminhando sobre a Lua, mas pelo menos voltaram vivos para contar a história. O que teria acontecido nesse caso? Os cenários falsos não ficaram prontos em tempo? Por que diabos os americanos encenariam uma tragédia, quando o objetivo era mostrar como a tecnologia deles era à prova de falha?
Ah, claro, os críticos logo dirão: “para dar credibilidade à farsa”. Sempre tem uma resposta, não?
Certamente muito já se falou de como as fotos foram forjadas, como não há estrelas nelas, como a Nasa apagou de propósito material em vídeo da Apollo 11, como há pedras cenográficas com marcação nelas, como a bandeira tremula sem ar…
Nada disso para em pé e pode-se contestar tecnicamente cada uma das afirmações. Mas vou trabalhar de outro jeito aqui. Em vez de refutar as “evidências” de que tudo não passou de uma farsa, vou apresentar as razões incontestáveis pelos quais se pode concluir que tudo realmente aconteceu como está nos livros de história.
Quem construiu este foguete não sabia quem estava dentro?
1- Ninguém conspira quando meio milhão de pessoas sabem a verdade.
Se você juntar todo mundo que trabalhava na Nasa e nas empresas contratadas para desenvolver as espaçonaves — os astronautas, os engenheiros, os técnicos, os cientistas, os burocratas etc. –, são mais de 400 mil pessoas espalhadas pelos Estados Unidos, livres, leves e soltas. Nosso amigo Snowden já demonstrou como é difícil qualquer governo fazer algo muito controverso e manter isso em segredo por muito tempo. E tenho certeza de que muito menos gente trabalha no Big Brother do Obama do que no mamute que era o programa espacial americano nos anos 1960. Detalhe: esse segredinho teria de ser guardado durante cinco décadas. Até hoje, ninguém envolvido com o Projeto Apollo deu com a língua nos dentes, o que já consiste em evidência concreta de que as missões não foram encenadas.
2- Os caras trouxeram rochas lunares. Muitas rochas.
As pedras trazidas pelos astronautas do Projeto Apollo foram estudadas por muita gente, no mundo inteiro, inclusive entre os arquirrivais russos. Aliás, eles são os maiores defensores involuntários do sucesso americano, porque também colheram suas amostras lunares, em missões não-tripuladas da série Luna. Se houvesse uma discrepância de composição entre as pedras americanas e as russas, os camaradas certamente gritariam. Aí os teóricos da conspiração rebatem dizendo que as rochas americanas são reais, mas também foram trazidas — secretamente — por missões não-tripuladas. Só que tem um probleminha: é muita pedra. São 382 kg de rochas lunares americanas, contra 326 g das missões russas. O “k” de quilograma aí em cima é sinônimo de “mil vezes mais”.
Rochas lunares trazidas por Neil Armstrong e Buzz Aldrin, da Apollo 11
Para trazer esse monte de coisa lá de cima, os americanos precisariam de uma nave tão grande que… você adivinhou, tão grande que caberiam tranquilamente dois astronautas nela. Então, achar que eles mandaram a nave para lá vazia, magicamente usaram robôs dos anos 1960 (quem sabe iguais àquele da série “Perdidos no Espaço”?) para recolher mais de 50 kg de pedras em cada missão, e trouxeram a nave de volta automaticamente, para depois encenar o envio de astronautas, é, no mínimo, ingenuidade. Para não dizer burrice.
3- As missões deixaram “espelhinhos”.
O LRRR, experimento que consiste num espelhinho que rebate raios laser, levado pela Apollo 14
Um dos experimentos que os astronautas fizeram foi instalar pequenos dispositivos com espelhos na superfície lunar. Não era por vaidade. O objetivo era medir com precisão milimétrica a distância da Terra à Lua. Um laser disparado daqui chega até lá, é rebatido pelo espelhinho e volta. Contando o tempo de ida e volta (e sabendo qual é a velocidade da luz), eles podem calcular com precisão a distância. Legal, né? E o mais legal é que esses espelhinhos podem ser usados por qualquer um que tiver um laser dos bons (aqueles que apontam para a cara do goleiro no estádio não servem) para refazer o experimento. Será que os camaradas russos não teriam avisado seus colegas ianques de que os espelhinhos estavam com defeito e não rebatiam os lasers vermelhos deles? Ah, claro, os espelhinhos foram colocados lá pelas naves gigantes vazias que levaram os robôs do “Perdidos no Espaço” para colher as rochas lunares.
4- No espaço, todo mundo ouve você falar pelo rádio.
Os russos monitoravam as comunicações por rádio entre o controle da missão e os astronautas. Dava para ver que as transmissões vinham de onde os americanos diziam que vinham — da Lua. Há até quem alegue que as naves vazias enviadas pelos americanos para fingir que a missão estava rolando transmitiam diálogos gravados automaticamente, para enganar a turma do outro lado da cortina de ferro. Pode ser. Mas, de novo, era mais fácil mandar os astronautas até a Lua para valer do que combinar todas essas encenações ao mesmo tempo.
5- Tem fotos de satélite dos cacarecos deixados pelos astronautas.
Imagem de satélite mostra sítio de pouso da Apollo 11. Ausência de sombra da bandeira indica que ela caiu mesmo.
Algumas das imagens mais bacanas da sonda americana Lunar Reconnaissance Orbiter, lançada pela Nasa em 2009, mostram os sítios de pouso das missões Apollo. É possível ver o que sobrou do módulo de pouso e dos instrumentos, assim como as trilhas deixadas pelos jipes usados pelos americanos nas últimas missões. Até mesmo os caminhos de rato deixados pelos astronautas ao caminhar sobre a Lua são vísiveis, e há agora evidência de que Buzz Aldrin estava certo ao reportar que a vibração causada pela decolagem da Eagle (Módulo Lunar da Apollo 11) provavelmente derrubou a bandeira americana fincada ali pelos astronautas. Então, para descartar essas novas evidências, os fãs da conspiração apontam que a LRO é americana, e nenhuma sonda de outro país obteve imagens similares. Os cientistas americanos de hoje estariam só seguindo a tradição de seus predecessores e mantendo a farsa em pé. Certo. O que ninguém responde é porque nenhum outro país (Rússia ou China adorariam embarcar nessa) projetou um satélite com o propósito expresso de desmascarar os americanos. Não seria tão difícil para quem pousou jipinhos não-tripulados na Lua nos anos 1960, caso da antiga União Soviética. A resposta é: ninguém fez isso porque seria uma imensa perda de tempo.
Em resumo: os americanos foram mesmo à Lua, por mais que tentem nos convencer de que não é verdade. O que nos deixa com apenas uma pergunta que os teóricos da conspiração costumam fazer. Se o homem já pisou no solo lunar, por que nunca mais ninguém foi lá depois do Projeto Apollo?
A resposta é simples. Custa um caminhão de dinheiro, e não há mais Guerra Fria. Na época em que o Projeto Apollo estava se desenrolando, 5% do Orçamento do governo americano ia para a Nasa. Atualmente, esse valor é inferior a 0,5%, e com a crise econômica querem cortar ainda mais. Veja você, a Nasa sempre foi e continua sendo a agência espacial mais rica do mundo, que gasta anualmente cerca de 5 vezes mais que segunda colocada, a ESA, sua contraparte europeia. Ou seja, se ela não pode, os outros, muito menos.
Uma coisa curiosa é que, a essa altura do campeonato, as tecnologias desenvolvidas para ir à Lua nos anos 1960 já foram “esquecidas”. Os engenheiros da época se aposentaram ou morreram, e o pessoal de hoje em dia, quando foi projetar a Órion, nova cápsula americana para viagens além da órbita da Terra, teve de ir desmontar uma Apollo antiga, peça de museu, para ver como os engenheiros da época a construíram. É o que acontece quando programas tecnológicos são descontinuados: aos poucos, o conhecimento se perde. Hoje, se quisermos voltar à Lua, teremos de recomeçar do zero. E com muito menos grana para gastar. Por isso, comemore. Sobrevivemos à Guerra Fria, não teve holocausto nuclear, e ganhamos de brinde vários suvenires trazidos da Lua por 12 sujeitos incrivelmente corajosos. Essa é toda a verdade.

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Dez anos após acidente, Brasil ainda sonha em lançar foguete nacional

Ingrid Tavares
Do UOL, em São Paulo
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Acidentes com foguetes22 fotos

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Homens trabalham na montagem do foguete VLS-1 (Veículo Lançador de Satélites) no Centro de Lançamento de Alcântara, no Maranhão, em registro do dia 19 de agosto de 2003, três dias antes do acidente que matou 21 pessoas. Segundo a comissão de investigação, a ignição do foguete, que já estava na plataforma, acendeu sozinha e explodiu os motores enquanto os funcionários faziam os últimos ajustes Axel Bugge/Reuters
A torre de lançamento na base militar de Alcântara, no Maranhão, foi modernizada há pouco mais de um ano, mas ainda espera sua grande estreia: o lançamento bem sucedido de um foguete de tecnologia brasileira.
O VLS-1 (Veículo Lançador de Satélites) pegou fogo há exatos dez anos, ainda na plataforma, onde trabalhavam 21 homens nos últimos ajustes do foguete. Faltavam apenas três dias para o lançamento, mas a equipe foi surpreendida quando o equipamento de 50 toneladas entrou em ignição, às 13h26 do dia 22 de agosto de 2003. E quando ele tentou voar, queimando o combustível das quatro fases, ele levou junto a estrutura montada ao seu redor, que só é retirada antes do lançamento, e matou todos os funcionários.
Nos dois testes anteriores, feitos em 1997 e 1999, os motores, o sistema elétrico e de controle funcionaram normalmente, mas o foguete não chegou a completar sua missão. Problemas técnicos e distintos impediram que os satélites de dados e científicos, a chamada carga útil, fossem colocados em órbita, afirma a IAE (Instituto de Aeronáutica e Espaço), que é responsável pela fabricação dos foguetes nacionais.
Isso significa que o erro do primeiro protótipo não foi repetido na segunda tentativa de voo, e nenhuma das duas apontou a falha na ignição que causou o desastre anos mais tarde, em 2003.
Concluída em 2005, a investigação da comissão internacional não chegou a apontar culpados ou explicar o que ocorreu de fato com a ignição - o laudo da Aeronaútica, que conduziu o inquérito policial, apenas descartou sabotagem. Mas o relatório final do grupo indicou a necessidade da modernização da plataforma, dando novos rumos para o programa espacial brasileiro.
"Em projetos complexos como esses, como é um lançamento de um foguete, vários países aprenderam muito com seus acidentes. Os casos dos ônibus espaciaisChallenger e Columbia, que causaram grande comoção no mundo todo, ajudaram a Nasa [Agência Espacial Norte-Americana] a revisar seus programas para evitar grandes acidentes", pondera o físico José Raimundo Coelho, presidente da AEB (Agência Espacial Brasileira).
Com longa carreira no Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espacias), grande referência na construção de satélites, o físico diz que seu maior desafio à frente da Agência, desde maio do ano passado, é "fazer as coisas acontecerem" – e sem levar mais dez anos para isso.
"Quero mudar a percepção das pessoas. Eu ouço de muitos lados, de vários setores, que há um grande descrédito no projeto espacial, mas procuro construir uma agenda positiva para levar até a sociedade a importância do programa brasileiro."
Para isso, Coelho aposta não só na nova torre, mas também na modernização da infraestrutura de Alcântara que, segundo ele, está com 45% das obras concluídas. O governo está concluindo, dentro da base militar, a construção de dois sítios de lançamento: um só para os foguetes da família Cyclone, que fazem parte de um projeto de cooperação com a Ucrânia, e outro exclusivo para o VLS, carro-chefe do programa espacial. 
O primeiro voo, no entanto, só deverá ocorrer no ano que vem, ainda sem data definida, como um teste de configuração. Esse primeiro voo não usará toda a potência, ou seja, não terá combustível para "ligar" os quatro motores, já que não tem a finalidade de colocar equipamentos científicos em órbita, mas, apenas, de qualificar seu sistema de navegação. 
Só no segundo teste em 2016, o foguete será lançado completo, mas sem levar uma carga útil, apenas um experimento científico. Em 2017, avisa Coelho, o foguete deverá completar sua missão e colocar em órbita, provavelmente, um satélite de comunicação. A região de Alcântara é considerada um bom local de lançamentos por estar próximo do Equador, a órbita mais explorada comercialmente pelos satélites de comunicação.