quinta-feira, 9 de março de 2017

Cerca de 8 mil evacuados na Alemanha após descoberta de bomba da II Guerra Mundial

Polícia bloqueia uma estrada perto do local da descoberta© Fornecido por AFP Polícia bloqueia uma estrada perto do local da descoberta
Cerca de 8.000 pessoas precisaram ser evacuadas nesta quinta-feira em Düsseldorf, Alemanha, após a descoberta de uma bomba da Segunda Guerra Mundial, anunciou a prefeitura.
O artefato de 250 quilos foi descoberto na noite de quarta-feira em uma obra no bairro de Rath, no norte da cidade.
As autoridades estabeleceram um perímetro de segurança de um quilômetro ao redor do local e fecharam várias ruas e duas estradas, o que complica o acesso ao aeroporto, segundo a mesma fonte.
Uma equipe de especialistas tentará desativar a bomba na manhã desta quinta-feira.
Mais de 70 anos após o fim da guerra, ainda existem muitas bombas ocultas no subsolo alemão, vestígios das intensas campanhas de bombardeios dos aliados durante o conflito, que aparecem com frequência ao escavar para realizar obras de construção.
As autoridades calculam que há 3.000 bombas apenas em Berlim.
No dia 25 de dezembro, dia de Natal, 54.000 pessoas foram evacuadas de Augsburgo, no sul da Alemanha, após a descoberta de uma bomba da Segunda Guerra Mundial.

segunda-feira, 6 de março de 2017

Astronomia: 5 desafios para a reconquista da Lua


POR SALVADOR NOGUEIRA

Confira cinco tarefas que a SpaceX precisa cumprir antes de enviar gente à Lua, em 2018.
FLY ME TO THE MOONNa semana passada, a empresa americana SpaceX fez um anúncio surpreendente: enviaria duas pessoas numa viagem ao redor da Lua até o final de 2018. A questão é: dá tempo? A julgar pelos atrasos de cronograma da própria companhia, não. Confira a seguir cinco coisas que ainda precisam acontecer antes da histórica reconquista lunar.
O FOGUETEA missão depende totalmente do lançador Falcon Heavy. Mas tem um detalhe: nunca vimos esse foguete voar. Originalmente, Elon Musk prometeu o primeiro teste para 2013 ou 2014, mas até agora nada. Diz a SpaceX que ele será lançado pela primeira vez em meados deste ano. A ver.
A CÁPSULAA SpaceX também está concluindo o desenvolvimento de sua cápsula capaz de transportar astronautas, a Dragon V2. A ideia era realizar o primeiro voo com gente dentro em 2017. Mas, adivinhe só, atrasou. Diz a companhia que um voo de teste, sem astronautas, será feito em novembro, e o primeiro tripulado ocorrerá em maio de 2018. É um começo. Mas a viagem será só até a Estação Espacial Internacional.
ESCUDO TÉRMICOPor mais malucos que sejam os milionários que contrataram o voo, dificilmente eles embarcarão numa cápsula sem a certeza de que ela pode fazer o serviço: contornar a Lua e retornar à Terra — inteira. A velocidade de reentrada numa missão lunar é bem maior que de viagens à órbita terrestre baixa, e o escudo térmico da cápsula precisará aguentar o tranco. Um voo-teste antes da missão tripulada será necessário.
UM VOO LUNAR SEM GENTEO sistema de rádio da Dragon V2 foi projetado só para órbita terrestre baixa. Para ir até a Lua, será preciso substituir a antena principal por outra maior. E seria bom testá-la por lá antes de mandar gente.
NADA PODE DAR ERRADOPor fim, nada pode sair dos trilhos daqui para a frente. A SpaceX teve duas explosões nos últimos dois anos. Qualquer problema que ocorra entre hoje e o fim de 2018 certamente gerará novos atrasos e impedirá que a histórica missão lunar aconteça no prazo.
A coluna “Astronomia” é publicada às segundas-feiras, na Folha Ilustrada.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

8 invenções de Thomas Edison que mudaram o mundo

8 invenções de Thomas Edison que mudaram o mundo









 OUÇA A REPORTAGEM
 (Foto: Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos)
Especialmente conhecido como o criador da lâmpada incandescente, Thomas Edison foi responsável por vários dispositivos importantes para a trajetória e desenvolvimento da humanidade. Nascido em 11 de fevereiro de 1847, Edison sempre estudou por conta própria e sua experiência como autodidata colaborou para torná-lo um dos maiores inventores e empreendedores da história dos Estados Unidos.
Em seu nome, mais de mil patentes foram registradas ao longo da vida, entre elas o fonógrafo e a câmera cinematográfica. Muitas das suas invenções tinham relação com a telegrafia, o processo de transmissão de mensagens a grandes distâncias. Embora a eficiência da lâmpada incandescente tenha sido contestada nos últimos anos, seu uso ainda é bastante comum e o mesmo acontece com outros inventos de Thomas Edison: são grandes as chances de você usá-los até hoje. Confira as principais contribuições do inventor:
1 - Bateria de carro elétrico
No início do século 20, Thomas Edison lançou a bateria de níquel-ferro, mais eficiente do que as baterias de ácido de chumbo usadas na época. A invenção foi oferecida como fonte durável de energia para veículos elétricos e caiu em desuso nos anos 70 — atualmente, algumas fabricantes ainda produzem o modelo, principalmente para armazenar a eletricidade excedente de painéis solares e turbinas eólicas.
2 - Câmera de cinema
Em artigo publicado pela Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos, uma anotação feita por Thomas Edison em 1888 resume sua ideia para o que viria a ser uma câmera cinematográfica: “Estou experimentando um instrumento que faz com os olhos aquilo que o fonógrafo faz com os ouvidos”. Seu dispositivo gravava, na verdade, uma série de imagens que, se fossem exibidas em rápida sequência, pareciam ter movimento. O conceito já havia sido testado naquele período pelo fotógrafo britânico Eadweard Muybridge.
Junto com uma equipe contratada para o projeto, Edison construiu a câmera adaptada para filme flexível, que poderia ser enrolado em torno de uma roda ou carretel. O “cinetógrafo”, como foi chamado, capturava imagens com tanta rapidez que acabava causando a ilusão de movimento. Para assistir aos breves e silenciosos curtas feitos com a câmera, também foi criado o cinetoscópio: uma máquina que exibia as produções individualmente, com o preço de cinco centavos por pessoa.
Cinetógrafo (Foto: Wikimedia Commons)
3 - Caneta elétrica
Bem menos popular, a caneta elétrica criada por Edison produzia cópias em estêncil de qualquer documento, de acordo com o que fosse escrito. A invenção, de 1875, não conseguiu superar a praticidade das máquinas de escrever, mas o projeto inicial teve outra utilidade e colaborou para lançar a primeira agulha elétrica de tatuagens, em 1891.
4 - Distribuição de energia elétrica
Em 1882, o primeiro sistema de distribuição de eletricidade desenvolvido por Edison iluminou a Estação Pearl Street, primeira central elétrica de Nova York, e alguns locais da região. Segundo um artigo publicado pelo Instituto para Pesquisa de Energia, seu trabalho relacionado a energia elétrica rendeu 106 patentes só naquele ano.
Quando o inventor ligou a distribuição, 52 lâmpadas foram acesas ao mesmo tempo na redação do jornal The New York Times. A novidade foi descrita por redatores da publicação como “macia, suave e agradável para os olhos, sem cintilar a ponto de dar dores de cabeça”. O sistema foi revolucionário para a época e, ao substituir o uso de velas e lampiões, tornou a luz algo mais seguro e prático.
5 - Embalagem a vácuo
Em 1881, Thomas Edison patenteou um método de preservação de frutas e outros produtos orgânicos: basicamente, a técnica removia todo o ar de embalagens de vidro, mesmo princípio usado até hoje em pacotes e produtos embalados a vácuo.
6 - Fonógrafo
Uma das primeiras invenções que deram notoriedade a Thomas Edison, o fonógrafo foi a primeira máquina capaz de gravar e reproduzir sons. Criado em 1877, o aparelho foi descoberto enquanto Edison fazia experimentos com o telégrafo e notou que o movimento da fita de papel produzia ruídos parecidos com palavras faladas.
Com um pedaço de folha de estanho enrolado em formato cilíndrico e uma agulha grande colocada no meio, o inventor gritou uma mensagem enquanto girava uma manivela. Sua voz fez com que a agulha tremesse e as vibrações sonoras, que passaram pela agulha, produziam uma linha ou marca na folha. Uma agulha do outro lado do aparelho poderia reproduzir o que tivesse sido falado. Edison gostou tanto de sua criação que chamava-a de seu “bebê” e passou as décadas seguintes produzindo melhorias para o fonógrafo.
 (Foto: Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos)
7 - Lâmpada incandescente
Com todas as opções modernas e mais eficientes de lâmpadas lançadas nos últimos anos, a lâmpada incandescente pode ter perdido parte de sua popularidade, mas continua sendo uma das maiores invenções de Thomas Edison. Em 1879, uma lâmpada feita com algodão carbonizado dentro de um bulbo a vácuo brilhou por 45 horas seguida e representou o início da “Era da Eletricidade”, substituindo o uso de velas, lampiões a gás e tochas de madeira. Várias técnicas dedicadas a gerar energia foram desenvolvidas décadas antes, mas a patente de Edison foi considerada o primeiro sucesso comercial das lâmpadas elétricas.
Com sua equipe de pesquisadores, o inventor testou mais de três mil opções de lâmpadas no laboratório em Menlo Park, na Califórnia. Quando registrou sua patente, em novembro de 1879, o documento listava vários materiais que poderiam ser usados como filamento, incluindo algodão, linho e madeira. Edison passou o ano seguinte tentando determinar qual seria a opção mais durável e notou que o filamento de bambu carbonizado poderia queimar por mais de 1,2 mil horas. O material foi aplicado até o início de 1900, quando passou a ser substituído por alternativas mais duradouras.
8 - Mimeógrafo
Combinando a caneta elétrica com a máquina de cópias, Edison foi responsável por um dos primeiros instrumentos de cópias em série: o mimeógrafo, patenteado em 1876, recebeu este nome pelo empresário Albert Dick, que ajudou a comercializar o produto. Muito antes das impressoras e fotocopiadoras, o mimeógrafo foi uma grande ferramenta para escritores e outras pessoas que precisavam reproduzir várias páginas sem perder tanto tempo e dinheiro.
Funcionava quase como uma máquina de costura: a caneta elétrica produzia estênceis e através deles a tinta seria pressionada em uma nova página. A tecnologia foi popularizada no século 1920, quando um tambor motorizado simplificou este processo.

Pesquisadores encontram caverna que abrigou Manuscritos do Mar Morto

Pesquisadores encontram caverna que abrigou Manuscritos do Mar Morto







  (Foto: Divulgação/Casey L. Olson/Oren Gutfeld)
Durante as décadas de 1940 e 1950, cientistas encontraram uma coleção de 981 textos antigos diferentes, alguns deles da própria Bíblia, em 11 cavernas de Qumran, sítio arqueológico localizado na Cisjordânia, perto do Mar Morto. Por essa razão, eles são conhecidos até hoje como Manuscritos do Mar Morto e possuem grande importância histórica para a região. Agora, arqueólogos dizem ter achado uma 12ª caverna, onde poderia ter existido partes remanescentes dos mesmos pergaminhos.
Segundo os pesquisadores das universidades Israelita de Jerusalém e de Liberty, nos Estados Unidos, não é possível afirmar com certeza se restos dos Manuscritos do Mar Morto estiveram na caverna recém descoberta. Nenhum traço deles foi realmente encontrado lá, mas a certeza que há é de que as evidências encontradas nela pertencem à mesma era dos textos. 
A caverna abrigava apenas um pergaminho em branco e vasos construídos especialmente para comportar rolos do mesmo material. Todos eles parecem ter sido destruídos, e seus antigos conteúdos, roubados.
Os pesquisadores acreditam que os responsáveis tenham sido alguns beduínos, povo nômade que habita a região. Isso porque eles encontraram algumas picaretas de ferro que devem ter cerca de 60 anos, o que sugere que os invasores chegaram ao local na mesma época em que os Manuscritos do Mar Morto foram descobertos.
O pergaminho encontrado na caverna pertence ao período situado entre 530 a.C. e 70 d.C. A data coincide com a dos 981 textos encontrados antes, que datam de uma época entre o século três a.C. e o primeiro d.C. A descoberta, portanto, abre as possbilidades quanto à origem de supostos fragmentos dos manuscritos que são frequentemente enviados a instituições de pesquisa. Afinal, eles poderiam ter estado nos vasos desta caverna.
As provas ainda são circunstanciais, e muitas análises ainda serão feitas até que o grupo publique sua pesquisa. Enquanto nenhum traço direto dos Manuscritos for achado nas instalações, o que aconteceu lá continuará sendo um mistério. Mesmo assim, as descobertas vêm para mostrar que há muito ainda para ser investigado nas cavernas de Qumran.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

Presidente da Airbus vê protótipo de "carro voador" pronto até o fim do ano

Presidente da Airbus vê protótipo de "carro voador" pronto até o fim do ano


MUNIQUE (Reuters) - A Airbus planeja testar um protótipo de um carro voador autônomo como forma de evitar o engarrafamento em cidades até o final do ano, disse o diretor-executivo do grupo aeroespacial na segunda-feira (16).
A empresa formou no ano passado uma divisão chamada Urban Air Mobility que está explorando conceitos como um veículo para transportar indivíduos ou um veículo no estilo de helicóptero que pode transportar vários pilotos. O objetivo seria que as pessoas reservassem o veículo usando um aplicativo, semelhante aos sistemas de partilha de automóveis.
"Cem anos atrás, o transporte urbano foi subterrâneo, agora temos os meios tecnológicos para ir acima do solo", disse o presidente-executivo da Airbus, Tom Enders, na conferência de tecnologia digital DLD em Munique, acrescentando que ele esperava que o Airbus pudesse fazer voar um veículo de demonstração para transporte de uma pessoa até ao final do ano.
"Estamos em uma fase de experimentação, levamos este desenvolvimento muito a sério", disse ele, acrescentando que a Airbus reconheceu que essas tecnologias teriam de ser limpas para evitar mais poluição nas cidades congestionadas.
Ele disse que usar os céus também poderia reduzir os custos para os planejadores de infraestrutura das cidades. "Com o voo, você não precisa colocar bilhões em pontes e estradas concretas," disse.
Enders disse que a Airbus, como maior fabricante mundial de helicópteros comerciais, queria investir para aproveitar ao máximo as novas tecnologias, como a condução autônoma e a inteligência artificial, para inaugurar o que significa uma era de carros voadores.

Frio e escuridão podem ter extinguido os dinossauros, indica estudo





Embora existam estudos que defendam que os dinossauros sofreram um declínio gradual, a maior parte dos cientistas acreditam que eles se extinguiram devido ao impacto de um grande asteroide sobre a Terra há 66 milhões de anos. Para ajudar a esclarecer essa discussão, especialistas em eventos climáticos reconstruíram o que teria acontecido no planeta após o impacto.
Para investigar o fenômeno, pesquisadores do Instituto Potsdam de Pesquisas sobre o Impacto Climático utilizaram pela primeira vez um tipo específico de simulação computacional. O modelo foi baseado em pesquisas que mostram que os gases sulfurosos que evaporaram do violento impacto de asteroides na superfície da Terra foram o principal fator para bloquear a luz solar e esfriar o planeta.
As simulações mostram que gotículas de ácido sulfúrico formadas na parte superior da atmosfera após o impacto do asteroide bloquearam a luz solar por vários anos, provocando a morte das plantas e um resfriamento duradouro, um provável fator importante para a morte de dinossauros terrestres.
Reprodução
De acordo com a pesquisa, publicada na revista Geophysical Research Letters, nos trópicos, a temperatura média anual caiu de 27°C para 5°C.
A circulação oceânica também teria sido afetada. As águas superficiais esfriaram, ficando mais densas e, portanto, mais pesadas. Enquanto essas massas de água mais frias afundavam nas profundezas, a água mais quente das camadas oceânicas subiu para a superfície, levando nutrientes que provavelmente levaram a florescimento maciço de algas.
O resfriamento também abalou os ecossistemas marinhos, o que teria contribuído para a extinção de espécies nos oceanos, como as amonites (moluscos que surgiram há cerca de 400 milhões de anos, e foram extintos junto com os dinossauros). Segundo o estudo, o clima levou cerca de 30 anos para se recuperar.
Para os cientistas, a pesquisa mostra como extinções em massa mostram que a vida na Terra é vulnerável e como o clima é importante para todas as formas de vida do planeta. Os especialistas ressaltam que atualmente a ameaça mais imediata não é a do resfriamento natural, mas do aquecimento global causado pelo homem.
De acordo com os especialistas do Instituto Potsdam de Pesquisas sobre o Impacto Climático, responsáveis pelo estudo, esses dados podem ajudar na determinação da causa real da morte dos dinossauros no final da era do Cretáceo.