Yutu está oficialmente morto
12/02/14 14:17Depois de alguns dias tentando contato, sem sucesso, os engenheiros chineses deram a missão como encerrada. Agora o trabalho a ser feito é investigar as causas da falha e se certificar de que o mesmo não ocorra com a missão Chang’e-4, que contará com uma réplica do Yutu. A necessidade de investigar a falha pode atrasar esse lançamento, originalmente marcado para 2015.
Apesar dos pesares, há de se comemorar o sucesso chinês. Não é fácil pousar um artefato na Lua e operá-lo com sucesso. Às outras nações que se aventuraram a tentar sobraram reveses como este. E o Yutu conseguiu fazer medições in situ do solo lunar, durante os cerca de 30 dias em que permaneceu funcionando. Ele também sobreviveu à primeira noite lunar e só pifou na segunda. (Cada noite na Lua dura 14 dias terrestres.)
E o importante é o comprometimento com o futuro da exploração, que a China claramente tem. Sua determinação já está motivando outros países a ver com outros olhos nosso satélite natural. A Rússia prometeu recentemente a reativação de seu programa Luna, com novas sondas para os próximos anos, e os Estados Unidos tentam mobilizar sua indústria para desenvolver missões de baixo custo e alto interesse, voltadas a um esforço de investigação científica e utilização dos recursos naturais lunares.
O futuro parece mais promissor do que nunca. E o Yutu não deve ser esquecido. Até porque a missão não terminou de todo. O módulo de pouso, Chang’e-3 continua operando, com um telescópio de ultravioleta destinado a observações astronômicas.
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