quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Sarcófago raro de 3600 anos é encontrado no Egito

Sarcófago raro de 3600 anos é encontrado no Egito

Encontrada múmia egípcia de 3600 anos de idade | Notícias | The History Channel
Um grupo de arqueólogos espanhóis analisou a descoberta de um raro sarcófago, atribuído à Decima Sétima dinastia egípcia. A idade de fabricação do sarcófago de madeira é estimada em 3600 anos. O caixão foi encontrado durante as escavações de uma construção nas margens de Luxor, na necrópoles de Dra Abul Naga, próximo da tumba de Djehuty, guardião do tesouro da rainha Hatshepsut.
Segundo José Galán, líder da equipe, a descoberta tem grande valor, tanto artístico quanto histórico. Trata-se de uma peça bastante rara, correspondente a um período em que o Antigo Egito ainda era dividido em dois reinos. Batizado como Sarcófago das Plumas, por sua decoração, o caixão revela um estilo artístico especial. Apenas doze peças como essas foram encontradas até hoje, confeccionadas durante um curto intervalo de tempo na escala da história do Egito. 
 
 
O sarcófago ainda não pode ser aberto em função de um rigoroso protocolo de procedimentos vigente no pais. Análises superficiais apontam que seu interior abriga uma múmia em excelente estado de conservação. Além disso, existe a possibilidade de conter objetos de cerâmica e inscrições hieroglíficas, que seriam indicações do status da múmia na sociedade da época. 
O achado resulta de um trabalho de escavação que começou no local há 13 anos. Desde então, diversos objetos de diferentes dinastias e períodos do Novo Império Egípcio foram recuperados no local. 
 
 

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Robô chinês, pifou na Lua

Yutu está oficialmente morto

POR SALVADOR NOGUEIRA
12/02/14  14:17
O jipe robótico chinês Yutu roda pela Lua
O jipe robótico chinês Yutu roda pela Lua
Nesta quarta-feira, a China deu por encerrada a missão do jipe lunar Yutu. Ele foi o protagonista do primeiro pouso suave na superfície da Lua desde 1976, mas não sobreviveu aos três meses previstos de atividades. O robô foi danificado após uma falha no fechamento de seus painéis solares, que ajudariam a conservar o calor interno durante a fria noite lunar. Sem esse mecanismo, sua eletrônica pifou.
Depois de alguns dias tentando contato, sem sucesso, os engenheiros chineses deram a missão como encerrada. Agora o trabalho a ser feito é investigar as causas da falha e se certificar de que o mesmo não ocorra com a missão Chang’e-4, que contará com uma réplica do Yutu. A necessidade de investigar a falha pode atrasar esse lançamento, originalmente marcado para 2015.
Apesar dos pesares, há de se comemorar o sucesso chinês. Não é fácil pousar um artefato na Lua e operá-lo com sucesso. Às outras nações que se aventuraram a tentar sobraram reveses como este. E o Yutu conseguiu fazer medições in situ do solo lunar, durante os cerca de 30 dias em que permaneceu funcionando. Ele também sobreviveu à primeira noite lunar e só pifou na segunda. (Cada noite na Lua dura 14 dias terrestres.)
E o importante é o comprometimento com o futuro da exploração, que a China claramente tem. Sua determinação já está motivando outros países a ver com outros olhos nosso satélite natural. A Rússia prometeu recentemente a reativação de seu programa Luna, com novas sondas para os próximos anos, e os Estados Unidos tentam mobilizar sua indústria para desenvolver missões de baixo custo e alto interesse, voltadas a um esforço de investigação científica e utilização dos recursos naturais lunares.
O futuro parece mais promissor do que nunca. E o Yutu não deve ser esquecido. Até porque a missão não terminou de todo. O módulo de pouso, Chang’e-3 continua operando, com um telescópio de ultravioleta destinado a observações astronômicas.