quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Em uma única foto mais de 50 galáxias

No Universo dos primórdios, o Hubble vislumbrou galáxias superténues e superdistantes

O telescópio espacial Hubble conseguiu vislumbrar galáxias que até agora tinham permanecido “invisíveis” e que se pensa terem sido as principais incubadoras de estrelas quando o Universo era ainda muito jovem.
As 58 galáxias remotas (nos círculos) vistas através da "lente gravitacional" Abell 1689 NASA/ESA
Nunca o Hubble tinha olhado para tão longe no céu. Mas agora, no âmbito de um novo programa de observação do espaço super profundo da agência espacial norte-americana NASA e da europeia ESA, apanhou numa das suas lentes dezenas de galáxias diminutas e extremamente ténues tal como elas eram há mais de 10.000 milhões de anos.
As imagens – que abonam a favor da hipótese de longa data segundo a qual, nos primórdios do Universo, terá sido uma multidão de pequenas galáxias a dar origem à maior parte das estrelas –, foram apresentadas em Washington, DC, durante uma conferência da Sociedade Astronômica Americana. Os resultados vão ser publicados no próximo sábado na revista Astrophysical Journal.
Estas galáxias – 58 ao todo – são, de facto, as mais diminutas e mais ténues jamais vislumbradas no Universo remoto. Foram “capturadas” por uma equipa de astrônomos liderados por Brian Siana, da Universidade de Califórnia (EUA), utilizando uma das câmaras do Hubble em luz ultravioleta, explica um comunicado daquela universidade.
Para encontrar estas galáxias, o telescópio espacial tirou partido do fenômeno, dito de “lente gravitacional”, em que um gigantesco aglomerado de galáxias curva a luz que o atravessa, vinda de objetos mais distantes, aumentado a luminosidade desses objetos e esticando a sua imagem. Neste caso, a “lupa" cósmica foi um aglomerado designado Abell 1689, situado na constelação da Virgem a cerca de 2200 milhões de anos-luz de nós.
“Sempre se pensou que só estávamos a ver as galáxias distantes mais brilhantes, mas que essas galáxias eram apenas a ponta do icebergue e que a maior parte das estrelas formadas nos primeiros tempos do Universo tinha nascido no seio de galáxias que não conseguíamos ver”, diz Siana, citado no mesmo documento. “Agora, encontramos essas galáxias ‘invisíveis’ e acreditamos que estamos mesmo a ver o resto do icebergue.”
Se a amostra agora observada for representativa da população total de galáxias muito pequenas e ténues que existiam naquela remota era do cosmos – durante o auge da formação de estrelas, que se pensa ter sido há 9000 a 12.000 milhões de anos –, a maioria das novas estrelas ter-se-á efetivamente formado nessas galáxias. Isto porque, apesar de serem muito pequenas e 100 vezes menos luminosas do que as galáxias mais maciças, elas serão, segundo os autores, 100 vezes mais numerosas.
 

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

6 estruturas antigas que a ciência não consegue explicar

6 estruturas antigas que a ciência não consegue explicar

Construídas pelo homem, essas obras são alguns dos maiores mistérios da humanidade pelas formas incomuns, localização e detalhes incríveis
Por Claudia Borges em 02/01/2014
Fonte da imagem: Shutterstock6 estruturas antigas que a ciência não consegue explicar
Estruturas de interesse histórico, arqueológico e paleontológico — encontradas em um contexto muito incomum ou aparentemente impossível — que desafiam a cronologia histórica convencional fazem parte de alguns dos grandes mistérios da humanidade.
Obras impressionantes como as pirâmides do Egito ou a curiosa ordem das pedras do Stonehenge são alguns dos exemplos dessas estruturas, que intrigam os mais experientes cientistas e deleitam os entusiastas místicos.
Blocos gigantes eram empilhados de que forma há milhões de anos? E qual era o propósito? Como explicar também origens rochosas nas estruturas que eram bem diferentes do local onde elas foram construídas? Como teria sido o transporte?
Todas essas são perguntas que ainda estão sem resposta e, provavelmente, ainda irão pairar em nossa imaginação (e na dos cientistas) por muito tempo. Confira abaixo seis dessas estruturas antigas que a ciência não consegue explicar.

6 – Tiwanaku e Puma Punku

Fonte da imagem: Shutterstock
Tiwanaku é um importante sítio arqueológico pré-colombiano localizado na Bolívia, e Puma Pumku é um complexo de templos e monumentos que faz parte desse lugar. As estruturas contidas ali são exemplos de engenharia tão monumentais que superam até mesmo o trabalho dos astecas.
Os blocos de pedra no local pesam muitas toneladas e não ostentam quaisquer marcas de cinzel, permanecendo o mistério sobre como eles foram moldados ou movidos. Algumas pedras são de arenito originário de um local de 10 quilômetros de distância de lá, sendo que uma de andesito tem origem a 50 quilômetros.
Fonte da imagem: Reprodução/World Mysteries
Isso tudo levanta a questão sobre como enormes blocos (de até 400 toneladas) foram transportados em uma época antes do cavalo domesticado na América do Sul. Em Puma Punku as pedras de origem vulcânica foram finamente cortadas, mas o processo realizado na criação das estruturas ainda não é totalmente compreendido pelos estudiosos.

5 – Linhas de Nazca

Fonte da imagem: Shutterstock
As Linhas de Nazca são um conjunto de geoglifos antigos que ficam localizadas no deserto de Nazca, no sul do Peru. Os estudiosos acreditam que as Linhas de Nazca foram criadas pela civilização local entre 400 e 650 d.C. Elas estampam centenas de desenhos de animais ou figuras humanas estilizadas, mas com um traço impressionante.
Os maiores têm mais de 200 metros de diâmetro. Há quem acredite que os desenhos não foram feitos por humanos e sim por uma raça alienígena. Outros estudiosos creem que são relíquias de um povo antigo que fazia os desenhos para os deuses poderem vê-los do céu, podendo até ser um calendário astronômico gigante.

4 – Sacsayhuaman

Fonte da imagem: Reprodução/World Mysteries
Sacsayhuaman é um complexo murado perto da antiga cidade de Cuzco, que fica a uma altitude de mais de 3 mil metros. São três paredes paralelas construídas em diferentes níveis com pedras de calcário de tamanhos enormes.
Essas pedras classificam as paredes como sendo de arquitetura ciclópica ou megalítica. Não há outros muros como estes, e os cientistas não fazem ideia de como os blocos foram transportados. Estas pedras gigantes foram encaixadas tão perfeitamente que nenhuma folha de grama pode deslizar entre elas.

3 – Stonehenge

Fonte da imagem: Shutterstock
Com certeza um dos locais mais fascinantes do mundo, Stonehenge é monumento megalítico da Idade do Bronze localizado na planície de Salisbury, no sul da Inglaterra.
Ele é composto de pedras verticais — cada uma com mais de 5 metros de altura e pesando 26 toneladas — dispostas em um círculo, com algumas contendo outras pedras equilibradas horizontalmente no topo, também formando um círculo. Há ainda um círculo interno composto de pedras altas e baixas.
Fonte da imagem: Reprodução/World Mysteries
Stonehenge tem uma estrutura que permite que, nos equinócios e solstícios, o sol nasça no horizonte parecendo estar perfeitamente situado entre as lacunas dos megálitos. Isso, sem dúvida, não foi feito por acaso e provavelmente contribuiu para as histórias de suas origens misteriosas.
Gerald Hawkins, um professor de Astronomia, concluiu que Stonehenge era um observatório astronômico sofisticado e projetado para prever eclipses. Algumas pessoas acreditam que o local era usado para cerimônias místicas e religiosas.

2 – Esferas de pedra da Costa Rica

Fonte da imagem: Reprodução/Panoramio
Um dos mistérios mais estranhos da arqueologia foi descoberto no Delta Diquis de Costa Rica. Desde 1930, centenas de bolas de pedra têm sido documentadas no local, variando em tamanho de alguns centímetros a mais de 2 metros de diâmetro.
Algumas chegam a pesar 16 toneladas e quase todas são feitas de granodiorito, uma rocha magmática semelhante ao granito, sendo que esses objetos são esculturas monolíticas feitas por mãos humanas.

1 –Pirâmide de Queóps

Fonte da imagem: Shutterstock
A maior e mais antiga das Pirâmides de Gizé é a única das Sete Maravilhas do mundo Antigo que sobrevive substancialmente intacta.
Acredita-se que a pirâmide tenha sido construída como um túmulo para a quarta dinastia egípcia do Rei Khufu (Quéops em grego) ao longo de um período de 20 anos em torno de 2.560 a.C. A Grande Pirâmide foi a mais alta estrutura feita pelo homem no mundo por mais de 3,8 mil anos.
Originalmente, essa pirâmide foi coberta por pedras que formaram uma superfície externa lisa, mas o que se vê hoje é a estrutura do núcleo subjacente, pois a primeira foi se desgastando com o tempo.
Fonte da imagem: Shutterstock
Algumas partes do revestimento mais liso que cobria a estrutura ainda podem ser vistas em torno da base. As teorias científicas e alternativas sobre técnicas de construção da Grande Pirâmide são variadas, mas nenhuma comprovada assertivamente. 

Neve no Egito

Neve cai no Egito pela primeira vez em mais de 100 anos

As temperaturas despencam e favorecem o surgimento de neve no Egito, na Síria, em Israel e outros países da região
Por Fabrízia Ribeiro em 14/12/2013
Fonte da imagem: Reprodução/Higher Learning
Neve cai no Egito pela primeira vez em mais de 100 anos
A camada de neve que cobriu boa parte do Oriente Médio chegou em Cairo, capital do Egito, ontem, dia 13 de dezembro. Os jornais locais aponta que esta é a primeira vez que a neve cai nos últimos 112 anos, fato que impressiona e alarma a população ao mesmo tempo.
“É a primeira vez em muitos anos”, afirma Ali Abdelazim, um dos responsáveis pelo centro meteorológico de Cairo.
Em uma cidade que costuma registrar anualmente índices pluviométricos bastante baixos, centenas de pessoas pararam suas atividades para admirar e fotografar o branco que cai do céu e cobre boa parte do cenário local. A nevasca atingiu principalmente a capital e demais cidades do norte do país.
Neve na província do Monte Sinai, a 400 quilômetros ao sul de Cairo.Fonte da imagem: Reprodução/Huffington Post
Mas não foi apenas a população do Egito que foi pega de surpresa por um fenômeno raro na região. Em Jerusalém, capital de Israel, a mídia local informa que as escolas e rodovias estão fechadas e os transportes estão suspensos devido aos 10 centímetros de neve que já se acumulam – o maior registro desde 1953.
Ventos congelantes e flocos de gelo também alcançaram a Síria, o Líbano e a Jordânia, aumentando as preocupações da população e dos refugiados que guerra que se abrigam em barracas frias. 

O maior cemitério do mundo

Você sabe qual é o tamanho do maior cemitério do mundo?

O Wadi-Al-Salaam fica no Iraque e tem sepultamentos há mais de 1.400 anos
Por Claudia Borges em 03/01/2014

Fonte da imagem: Reprodução/Amusing PlanetVocê sabe qual é o tamanho do maior cemitério do mundo?
Imagine um cemitério que tem tumbas datadas de mais de 1.400 anos. Assim é o Wadi-Al-Salaam, que significa o Vale da Paz. Este é um cemitério islâmico localizado na cidade sagrada de Najaf, no Iraque, e tem sepultamentos há quase um milênio e meio, contendo os restos mortais de várias figuras importantes da História.
Além de sua importância histórica, o cemitério pode deter o título como o maior do mundo, pois ocupa uma área de 1.485 hectares. Najaf é uma das maiores cidades do Iraque com uma população de cerca de 600 mil pessoas, mas a “cidade dos mortos” de Wadi-Al-Salaam mantém os restos de milhões de pessoas em uma visão que se estende por cerca de 10 quilômetros quadrados do vale.
Fonte da imagem: Reprodução/Amusing Planet
O cemitério tem importância na crença xiita, que diz que as almas de todos os homens e mulheres fiéis devem se mudar para lá, não importando onde seus corpos foram enterrados. Muitos profetas, reis, príncipes e sultões “descansam” neste cemitério, incluindo o de Profeta Hud, Profeta Saleh e Ayatullah Sayyid Muhammad Baqir al-Sadr, assim como os restos mortais do príncipe dos fiéis, Ali Ibn Abi Talib.

Esconderijo de guerra

Fonte da imagem: Reprodução/Amusing Planet
O cemitério contém túmulos construídos com tijolos de barro e gesso, tendo criptas e lápides de diferentes níveis de altura. Há também os jazigos subterrâneos, que foram bastante usados também pelos vivos durante as guerras da região.
Na guerra do Iraque, em 2003, os combatentes fortemente armados da milícia iraquiana sempre utilizavam o cemitério para se esconder e emboscar unidades inimigas. Os soldados norte-americanos não podiam entrar nessa área ou acabariam perdidos entre os milhares de mausoléus e emboscados pelos iraquianos, que conheciam bem o cemitério.
Imagem do Google EarthFonte da imagem: Reprodução/Amusing Planet
Nesse mesmo ano de 2003, a violência que sobrecarregou o Iraque, deixando milhares de pessoas mortas, causou uma grande expansão no cemitério de cerca de 40%, com mais 3 quilômetros quadrados de sepulturas. Até 2008 o crescimento do local continuou constante e intenso devido a outros conflitos no país. Porém, nos últimos cinco anos, os sepultamentos se mantêm em menor quantidade.